Quero
compartilhar com meus amigos uma notícia já veiculada na Internet,
de autoria do repórter Carlos Madeiro, do UOL, que precisa ser
multiplicada ad. extremum, dada a sua relevância. A quem já teve
conhecimento, peço que ajude a multiplicar; repliquem, repliquem.
Fará
bem ao Brasil que todos vejam e sintam na carne o quanto há de
demagógico o discurso de uma oposição que se instalou no poder há
mais de dez anos e não quer largar o osso nem à pau, Juvenal.
Segue
abaixo a notícia copiada e no final do texto o link:
Com
mais taxas e demissões, bancos têm ano de lucros recordes, diz
Dieese
Mesmo
num ano de crise como foi 2014, os cinco maiores bancos brasileiros
tiveram recordes de lucro, segundo estudo do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). As
instituições ganharam com cobranças de taxas e serviços.
Segundo
o levantamento, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander
tiveram lucro de R$ 60,3 bilhões, o que significa18,5% a mais que em
2013. "A rentabilidade seguiu elevada nos grandes bancos,
mantendo o setor financeiro entre os mais rentáveis da economia
nacional e mundial", aponta o estudo.
Para
o Dieese, a fórmula do sucesso veio de uma tripla combinação: os
bancos aproveitaram a alta taxa Selic, incrementaram a cobrança por
taxas e serviços e seguem reduzindo, a cada ano, o número de
trabalhadores.
O
Itaú, por exemplo, atingiu um lucro de R$ 20,6 bilhões, o maior da
história de uma empresa do setor no país. Itaú e Bradesco juntos
responderam por 60% do total embolsado pelos bancos.
Lucros
dos bancos em 2014:
Itaú
– R$ 20,6 bilhões
Bradesco
– R$ 15,3 bilhões
Banco
do Brasil – R$ 11,3 bilhões
Caixa
– R$ 7,1 bilhões
Santander
– R$ 5,8 bilhões
Taxas
e serviços aumentam
Somente
com prestação de serviços e cobrança de taxas, os cinco maiores
bancos arrecadaram R$ 104,1 bilhões, 10,9% a mais que o ano
anterior. O valor deu para bancar, com folga, todos os gastos com os
451 mil bancários, que em 2014 custaram R$ 74,6 bilhões --somados
salários, encargos, cursos e treinamentos.
"A
estratégia dos bancos privados, nos últimos anos, visou incrementar
os ganhos operacionais mediante crescimento das receitas com
prestação de serviços e tarifas bancárias e redução de
despesas, principalmente de pessoal", analisa o Dieese.
Prova
disso seria que, em 2014, esses bancos cortaram 5.104 empregos.
"Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil reduziram os
quadros de funcionários em 8.390 postos de trabalho. O resultado só
não foi pior porque foram abertos 3.286 novos postos na Caixa",
aponta o levantamento.
O
lucro dos bancos brasileiros também pode ser atribuído
a outros fatores,
com os spreads (diferença entre a taxa que o banco paga a quem
investe daquela cobrada para quem toma um financiamento) e um maior
uso da tecnologia.
Alta
dos juros básicos ajuda
Para
o Diesse, o aumento no lucro dos bancos também foi ajudado pela alta
dos juros básicos da economia (taxa Selic). Quem define essa taxa é
o Banco Central, que tem feito isso para combater a inflação. Os
juros estão em 12,75%
ao ano e são os maiores em seis anos.
"Tal
alteração no rumo da política monetária se refletiu diretamente
nos balanços dos bancos em 2014, já que esses detêm expressiva
parcela (cerca de 30%) dos títulos da dívida pública federal. As
receitas com títulos e valores mobiliários representam a segunda
maior fonte de ganhos dos bancos, depois das receitas com as
operações de crédito", diz o estudo do Dieese.
Bancos
dizem ter mais eficiência
Procurados
pelo UOL,
Banco do Brasil, Bradesco e Santander disseram que não iriam
comentar o tema. A Caixa não respondeu à reportagem. E o Itaú
informou que se manifestaria pela Febraban (Federação Brasileira de
Bancos).
Em
nota, a Febraban afirma que o bom resultado deve-se, especialmente, a
maior eficiência atingida pelo setor. "Os bancos que operam no
Brasil seguem perseguindo elevados níveis de eficiência. Buscam
expandir seus negócios e ampliar atuação em segmentos diversos,
tais como cartões e seguros, procurando oferecer aos clientes
produtos e serviços de qualidade, com rapidez e segurança. Isso tem
permitindo a preservação da rentabilidade do sistema."
A
Febraban afirma que o crédito no setor bancário atingiu 58,9% do
Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado. "Este montante foi
um recorde. Uma década atrás estava em torno de 26%. Essa expansão
expressiva do crédito no país foi possível graças ao resultado
dos avanços macroeconômicos, da queda da dívida pública e pelo
surgimento de um novo mercado de clientes, consequência da
distribuição de renda ocorrida no Brasil."
Outro
fator para expansão dos lucros foi a taxa de pessoas com contas
bancárias, que atingiu 60%, 18 pontos percentuais a mais que em
2013.
A
federação ainda contesta os dados sobre redução de gasto com
pessoal e diz que "a maior parte do valor gerado pelos bancos
destina-se a remunerar seus funcionários e a sociedade como um todo,
por meio do pagamento de impostos e contribuições sociais que são
pagas ao governo."