03/04/2015

Petrobras pode estar ferida de morte

Digamos que você seja um daqueles funcionários exemplares da Petrobras, que abomine corrupção, super bem focado em sua carreira, etc.,como se sente depois dessa tempestade de merda que assolou a empresa? Presumo que você se tornou um cara super cético, centrado no trabalho, mas que desconfia de Deus e todo mundo que o cerque. Foi tanta sujeira, vinda de todo lugar, que hoje você tem medo até da própria sombra, não é mesmo?
Pois é, a corrupção deve ter matado ou aniquilado o patrimônio mais sagrado de uma corporação, que é a sua capacidade de se comunicar internamente. É preciso entender que a comunicação interna é a mãe de todas as outras – a externa, a de fora para dentro, etc. A empresa que não consegue se comunicar bem internamente, vai cometer erros desastrosos na comunicação com o mundo exterior e isso já foi comprovado na prática, exaustivamente, ao longo do tempo.

A corrupção é um câncer que no caso da maior empresa do Brasil – e uma das maiores do mundo – produziu metástases gigantescas que ficarão sangrando por várias gerações e não há muito o que fazer, a não ser torná-la menor, fracionada, radicalizando o processo de divisão por segmento. Esse gigantismo dá nisso: quando o nome Petrobras é atingido é do mesmo jeito atingido tudo o que está embaixo dele, do mesmo guarda-chuva.

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(Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, Rio de Janeiro)

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