Digamos que você seja um daqueles
funcionários exemplares da Petrobras, que abomine corrupção, super bem focado em
sua carreira, etc.,como se sente depois dessa tempestade de merda que assolou a
empresa? Presumo que você se tornou um cara super cético, centrado no trabalho,
mas que desconfia de Deus e todo mundo que o cerque. Foi tanta sujeira, vinda
de todo lugar, que hoje você tem medo até da própria sombra, não é mesmo?
Pois é, a corrupção deve ter matado ou
aniquilado o patrimônio mais sagrado de uma corporação, que é a sua capacidade
de se comunicar internamente. É preciso entender que a comunicação interna é a
mãe de todas as outras – a externa, a de fora para dentro, etc. A empresa que
não consegue se comunicar bem internamente, vai cometer erros desastrosos na
comunicação com o mundo exterior e isso já foi comprovado na prática,
exaustivamente, ao longo do tempo.
A corrupção é um câncer que no caso da
maior empresa do Brasil – e uma das maiores do mundo – produziu metástases
gigantescas que ficarão sangrando por várias gerações e não há muito o que
fazer, a não ser torná-la menor, fracionada, radicalizando o processo de
divisão por segmento. Esse gigantismo dá nisso: quando o nome Petrobras é
atingido é do mesmo jeito atingido tudo o que está embaixo dele, do mesmo
guarda-chuva.
(Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, Rio de Janeiro)
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