31/12/2018

MANDEM RÓTULOS... UM SEMPRE PEGA!


Por Dirceu Pio

        Nazistas, fascistas, neonazistas, extrema direita, bolsonaristas, bolsonazi, bolsominions – o que mais?

        Derrotados, frustrados, inconformados, os adeptos do #elenão e do #lulalivre, por vezes unidos, usam rótulos atrás de rótulos  para tentar  definir os novos personagens que se impuseram pelo voto naquele histórico 28 de outubro de 2018.

        O rótulo serve a todos os propósitos de quem não quer aceitar a derrota: nivela por baixo o inimigo e transporta, dissimuladamente, rancor, frustração e ódio... De tanto insistir, um deles vai pegar...

        Fazem todos, os derrotados, uma péssima leitura dos dados da política... Estão convencidos de que o novo governo tem total semelhança com aquele outro, instalado em 1990, de Fernando Collor de Mello – quando um outsider foi eleito e como todo outsider, imaginam, é ave de voo curto, que deve ir ao chão na primeira tempestade...

        Como já sabem que as tempestades demorarão a aparecer, inventam algumas só para observar como o novo governo se comporta... Imaginem que a turma do #lulalivre chegou até a comemorar a “descoberta” do PC Farias do Bolsonaro – o assessor do senador Flávio, o pobre Fabrício Queiroz, que do PC Farias só tem mesmo o bigode, ainda assim só quando não faz a barba... Seria até engraçado se não fosse ridículo...

MELHOREM, MELHOREM

Que melhorem todos o senso de observação... Jair Messias Bolsonaro em quase nada se parece com Fernando Collor de Mello, a começar pela idade: enquanto o primeiro chegava ao poder máximo da República com 39 anos, o novo presidente assumirá seu posto com 63 anos e com pelo menos 30 anos de vida parlamentar.

        Mas a grande diferença está na motivação dos eleitores: Collor foi eleito como reação do eleitor à ineficácia do governo em combater a maior inflação já enfrentada pela nação, um processo que se iniciara ainda no governo militar e resistira a dois planos heterodoxos...

        Bolsonaro, não! Foi eleito com a inflação absolutamente sob controle e dentro de uma onda avassaladora de rejeição ao socialismo corrupto, em todas as suas faces e vertentes, dentro e fora do PT.


        Bolsonaro foi eleito também por uma onda, não menos avassaladora, de rejeição aos privilégios de toda espécie que toma conta das instituições, políticas, sindicais, corporativas... É como se o pote, enfim, tivesse transbordado...

ERA ÚNICO

        Bolsonaro foi eleito também porque mais de 57 milhões de eleitores enxergaram nele o único candidato capaz de combater a corrupção com firmeza e enfrentar os privilégios.

        Ah, mas afinal qual o perfil das pessoas que o apoiam? Não quero ser cínico a ponto de dizer que todos são cidadãos de bem e que tudo farão para manter a ordem e o respeito ás instituições.

        Há de tudo um pouco no balaio de apoiadores de Bolsonaro assim como houve de tudo no balaio que elegeu Lula ou Dilma. Ou entre os quase 50 milhões que ainda em 2014 votaram em Aécio Neves.

        Ninguém consegue formar uma maioria exclusivamente de santos.

        A generalização produzida por rótulos é que é sempre de má fé, quando não criminosa...




19/12/2018

Mandou mal, hem Fernanda?


Por Dirceu Pio

        Só hoje, 19-12, encontrei tempo para comentar o discurso de Fernanda Montenegro, já amplamente debatido na internet, durante a solenidade de entrega dos prêmios “Melhores do Ano” no programa dominical de vasta audiência, conduzido por Fausto Silva...

        Nele, a atriz chama a internet de “terra de ninguém” para, em seguida, num tom veemente, defender a sua classe, a artística, atacada “por uma visão negativa, torpe, agressiva”...

        Ainda sem explicitar quem acusa, saiu em defesa de seus pares, bradando: “Não somos responsáveis pela corrupção deste país através da lei Rouanet. É preciso que busquem as gangues onde elas estão... Não somos corruptos... somos dignos, temos uma profissão extraordinária”.

        Saiu de cena e largou esse palavrório um tanto desconexo no ar...

        A turma do #elenão não parou de aplaudir até agora e a turma do #lulalivre também gostou, embora comemore com mais discrição... Não deve ter gostado da frase “é preciso que busquem as gangues onde elas estão”... Diria que bem copidescado, o discurso de Fernanda desceria redondo pela goela de todos eles...

INCOERÊNCIA

        Chamo atenção primeiro para a incoerência – se os ataques têm vindo, pelo que parece, da “terra de ninguém”, por que dar tanta importância a eles ?

        Ainda eufóricos, os adeptos do #elenão escrevem longos artigos dando nome aos bois: os ataques partem dos apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro, chamados genericamente de bolsonaristas.

        E aproveitam para defender a Lei Rouanet...

        Se isso for verdade, ganha mais sentido o discurso de Fernanda: ela quis, portanto, passar um recado aos “bolsonaristas” que, preconceituosamente, enxerga como inimigos das leis de incentivo fiscal e, por  conseguinte, inimigos dos investimentos em cultura.

        Cá no meu canto, eu ando muito curioso em conhecer a lista de cem nomes, de famosos, que se encontra em poder do deputado federal Alexandre Frota (também um artista, por que não?) e que promete divulgar tão logo assuma seu mandato em Brasília.

        Ainda é mera intuição, mas a concluir pelo caráter de alguns membros da classe artística – Zé de Abreu, como exemplo – a relação de Frota virá para desmentir uma das frases de Fernanda: “não somos corruptos”...

PÉSSIMA INTÉRPRETE

        É tudo enfim uma péssima interpretação da realidade da política e da economia... O próprio Jair Bolsonaro, em recente entrevista, desmentiu que pretenda eliminar a Lei Rouanet ou as demais, de renúncia fiscal, para incentivar investimentos em cultura... Ele defende que os incentivos fiscais devem ajudar os que precisam e não os que não precisam...

        Fariam melhor, Fernanda Montenegro, e todos os demais que defendem o incentivo governamental à cultura, se aprofundassem a análise do tema e oferecessem subsídios ao governo sobre como incrementar a atividade cultural fora desse modelo ainda em vigor, que é perverso e insustentável...

        As leis de incentivo fiscal à cultura são – todas elas – espécie de válvulas de escape feitas para dissimular uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo...

        Oxalá Jair Bolsonaro e os seus vários postos Ipiranga consigam por em prática a promessa tantas vezes repetida em campanha de reduzir impostos e descentralizar a arrecadação, aumentando a participação no bolo tributário de estados e municípios...

        Fernanda Montenegro e a turma do #elenão que não se avexem... Num regime em que todos paguem menos imposto – e com o fim da corrupção – vão aparecer muito mais recursos para a cultura...

Fernanda Montenegro bradou: "Não somos corruptos!" ---a lista de famosos que Alexandre Frota promete divulgar depois de empossado pode levá-la a queimar a língua...


Zé de Abreu, com essa cara de homem honesto, deve aparecer na lista de famosos de Alexandre Frota...


06/12/2018

CORRUPÇÃO, A SAÚVA DO BRASIL

Por Dirceu Pio

        “Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil” – Auguste de Saint-Hilaire, botânico e naturalista francês...

        Eu já não acredito mais que alguém será capaz de calcular com exatidão o volume de dinheiro público roubado e desviado nestes últimos 15 anos de aventura socialista no Brasil... Falam em nove trilhões de dólares ou mais de quatro vezes o nosso PIB, mas ainda acho pouco.

        A TV continua a nos assombrar com novos casos e novos formatos todos os dias e ainda não foi aberta a “Caixa Preta” do BNDES, providência que já está na agenda do novo presidente e que promete a revelação de escândalos gigantescos...

        Se o grosso da corrupção for estancado – o que eu acho bem provável que aconteça – levaremos alguns anos para conseguir modificar e modernizar os procedimentos que levam a desvios nos três níveis da Federação – municipal, estadual e federal.

        E é certo que o bom freio – já que parece impossível o freio total – exigirá a participação e a vigilância da sociedade com o incremento de iniciativas nos moldes do Observatório Social, já em execução em quase 200 municípios (http://osbrasil.org.br/tag/nacional/).

AINDA HÁ MUITA COISA A SER DESVENDADA

        E é certo também que ainda não conhecemos todas as formas empregadas neste país para roubar... A cada dia que passa nos são revelados novos casos em novos formatos. Hoje, já se sabe que o brasileiro usou, usa e usará toda a sua criatividade para corromper, fraudar, lesar, enganar...

        Agora, descobrimos que o Partido dos Trabalhadores – que assumiu o poder federal em 2004 – nunca teve o menor interesse em conter a corrupção... Muito ao contrário, suas lideranças – quase todas elas – trataram de se locupletar, deixando as portas abertas para facilitar a vida de corruptores e corruptos...

        Não precisamos ir muito longe: basta ver que o COAF, só agora em processo de transferência para o superministério de Sérgio Moro, foi congelado e mantido no ostracismo desde o governo de Luiz Inácio (http://www.fazenda.gov.br/orgaos/coaf).

ROUBEM, ROUBEM, ROUBEM GENTE BOA

        Roubou-se muito nesses 15 anos, roubou-se sistematicamente, roubou-se em prefeituras; em Câmaras Municipais; em Assembleias Legislativas e governos estaduais; rouba-se na Câmara Federal e no Senado; rouba-se nos ministérios e no governo federal; rouba-se no Judiciário e em primeira, segunda e última instâncias; rouba-se na Justiça do Trabalho, na Justiça Eleitoral; rouba-se nos tribunais de contas, que – dizem – servem para fiscalizar as contas do Executivo.

        Roubam verbas da merenda escolar e da Saúde; roubam na importação de remédios; fraudam aposentadoria e benefícios sociais; roubam nos bancos  e nas empresas governamentais.

        Sobrefaturam obras pequenas, médias e grandes; desviam dinheiro destinado a manutenção de escolas e universidades; compram sucata de refinaria e pagam preço de refinaria nova...

        Dos cofres da União, não saiu um só centavo para obras no exterior, em Cuba, na Venezuela ou em países africanos, sem o pagamento de propina, de intermediação a governos, a políticos ou a parentes e apaniguados do presidente, como foi o caso do Taiguara Rodrigues...

NEM HITLER GASTOU TANTO EM PROPAGANDA

        Os cofres públicos jorraram dinheiro para agências de publicidade, jornais, revistas, blogs, sites e canais de TV com vários objetivos: corromper a mídia, corromper jornalistas, lavar dinheiro de propina e dar sustentação ao regime corrupto nas três instâncias da Federação! (nem Goebels ou Hitler gastaram tanto dinheiro com propaganda como os governos da chamada Era PT)

        Roubou-se também muito em Sindicatos (patronais e de trabalhadores), que o digam os dois Paulos, o Skaf e o da Força... Roubou-se no futebol (CBF), que o digam José Maria Marins e Marco Polo Del Nero (rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2018/03/11/cbf-tem-tres-presidentes-afastados-por-corrupcao-em-7-anos-e-nao-muda-nada/).

        Roubou-se nas Ongs e em todas as entidades que de um modo ou de outro foram contempladas com verbas públicas, como a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).

        Roubos e desvios nocautearam as leis de incentivo fiscal, a começar pela Rouanet, mais uma caixa preta que só agora será aberta por Alexandre Frota, eleito deputado federal pelo partido do amigo Bolsonaro e que, em recente entrevista à TV, revelou estar de posse de uma lista de mais de 100 nomes de famosos que se locupletaram...

QUASE NADA SE FEZ

        Exceção à Lava Jato, que enfrenta a oposição de todas as quadrilhas e de seus muitos aliados eventuais; exceção ainda das poucas iniciativas onde, assombrada com a tsunami de corrupção  que ameaçava açambarcar todas instituições, públicas ou privadas, comunidades resolveram agir (o melhor exemplo dessa reação ocorreu em Maringá, Pr, com o seu Observatório Social -http://observatoriosocialmaringa.org.br/), nada se fez contra a dilapidação monumental dos recursos brasileiros.

        Até hoje não se estabeleceu um preço padrão para obra pública: um metro de asfalto pode custar de oito a oitenta,  a depender apenas da ganância de quem constrói e de quem paga pela construção; convivemos, nesse período, com um desrespeito total às leis de responsabilidade fiscal. E as leis de licitação foram tripudiadas, fraudadas, dribladas com a mesma criatividade brasileira nos gramados de futebol...

        Que pensem em tudo isso as pessoas que, rejeitando o PT, resolvem agora combater por antecipação o único governo que promete e dá demonstrações efetivas de que vai combater a ferro e fogo o socialismo corrupto e todas as suas práticas deletérias...









01/12/2018

MEIO AMBIENTE PODERÁ SER FOCO DE CRISE


Por Dirceu Pio  


NÃO SERÁ POR FALTA DE AVISO....ainda a 1º de dezembro de 2018, antes mesmo, portanto, da formação do atual governo, publiquei este artigo em meu blog. Foi como se eu previsse a atual crise inteiramente fabricada por influência das Ongs que perderam o bonde com o cancelamento dos acordos do Brasil com Alemanha e Noruega pela preservação da Amazônia e realimentada pela esquerda corrupta que quer a desestabilização  do governo Bolsonaro...

   

Está escrito nas estrelas: o meio ambiente pode ser o fator que vai gerar grandes turbulências e desestabilização ao novo governo - se Bolsonaro não se acautelar!      
 Dizem que se conselho fosse bom, ninguém daria de graça, mas eu não dou de graça – apenas retribuo uma ínfima parcela daquilo que ele, Jair Messias Bolsonaro, fez ao Brasil impedindo a volta ao poder das quadrilhas e dos quadrilheiros!       

Sugiro, portanto, que ele forme imediatamente um grupo de trabalho, com a participação do Itamaraty, do CNPQ, do Inpa, do Inpe, da Embrapa, entre as várias outras entidades que têm se dedicado, ao longo do tempo, ao estudo e à pesquisa dos recursos amazônicos e tenham conhecimento de políticas de relacionamento e comércio externo.       

O objetivo desse grupo de trabalho deve ser a ampliação de massa crítica governamental sobre o assunto, pois há evidências de que o próprio presidente eleito tem (o que é compreensível, dada a complexidade do assunto) baixo nível de entendimento da dimensão real das questões ambientais...       

Isso ficou claro na hesitação frente à ideia de fundir os ministérios do Meio Ambiente/Agricultura ou da famosa frase que ele pronunciou lá atrás, nos primórdios da campanha: “Estão matando o Agronegócio, não dá mais pra desmatar pra criar boi, pra plantar soja...”       

É uma frase forte, que, provavelmente, explica o aumento do desmatamento da Amazônia neste 2018, pois devemos nos perguntar até que ponto o desempenho eleitoral de Bolsonaro não encorajou os pecuaristas, madeireiros e predadores em geral a intensificar suas práticas criminosas? (https://imazon.org.br/publicacoes/boletim-do-desmatamento-da-amazonia-legal-marco-2018-sad/)

FRASE FORTE E SIMBÓLICA
       

Desmatar pra criar boi na Amazônia é uma prática que o novo governo tem por obrigação combater e nunca incentivar. 

A pecuária extensiva ainda ocupa 200 milhões de hectares no Brasil e com o avanço da genética animal e a evolução das técnicas de confinamento, bem mais da metade dessa área terá de ser devolvida à agricultura, de modo que haverá terra sim para atender, com racionalidade, a demanda do agronegócio por mais 50 anos, pelo menos...       

Uma cabeça de gado levava quase cinco anos pra chegar ao ponto de abate. Hoje, com a introdução do “novilho precoce”, um boi é abatido com dois anos de confinamento... E a pecuária tornou-se muito mais rentável.      
 Esqueçamos a reação internacional que, certamente, funcionará como uma orquestra ampla e irrestrita capaz de executar a sinfonia da preservação toda vez que for adotada uma prática que possa ser entendida como ameaça à floresta.

É A BIODIVERSIDADE QUE CONTA
      

 Pensemos apenas na biodiversidade. Nesses 15 anos de PT, o governo foi escandalosamente permissivo com o contrabando de espécies nativas.      

 Essa floresta é considerada a maior reserva em termos de biodiversidade do planeta. Ela abriga mais de 30 mil espécies de plantas, na imensa maioria desconhecidas.       

 A biodiversidade é um patrimônio que deve ser estudado e preservado e é tão ou mais importante que qualquer reserva mineral.

NOVO MARCO REGULATÓRIO
       

Por falar em reserva mineral, é bom que se diga que o Brasil ainda não tem um marco regulatório minimamente decente para orientar a exploração de seus recursos de subsolo dentro da racionalidade e sustentabilidade.        

Caberá, portanto, ao novo governo pensar detidamente no assunto e criar condições para que um novo marco seja construído, votado e aprovado com a urgência necessária, pois não há governo que possa resistir a novas tragédias do porte de Mariana.       

Lembro que por ocasião do desastre de Mariana vieram à tona centenas de ameaças com o mesmo potencial devastador, representadas pelas mais de 600 barragens de rejeitos minerais sem nenhuma fiscalização.       

Temos desmandos de todos os portes e gravidade na exploração mineral, sem esquecer que o bombardeio de rochas para extração de ouro no município de Paracatu (MG), produzido pela Kinross, tem levado ao ano centenas de pessoas para tratamento de câncer no Hospital de Barretos (SP)...

E A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL?
       

Na época em que Bolsonaro manteve-se trepado no palanque, ele clamava pela exploração do potássio na reserva indígena do alto do Rio Madeira, no Amazonas. Ganhou a eleição, desceu do palanque e deve cuidar agora de descobrir as verdadeiras razões que têm levado a Vale do Rio Doce a imitar o grupo Lume e ficar sentada sobre a concessão do potássio do Sergipe.       

Não há de ter mais nenhuma justificativa para atraso de várias décadas na extração de um mineral que tem representado a perda de milhões de dólares em divisa todos os anos...

        Ou produza – e produza imediatamente – o potássio que o Brasil precisa ou perde a concessão ! Esta deveria ser a nova ordem ! 

        Além disso, há que reformar a legislação ambiental para que ela seja eficaz e não crie obstáculos irracionais ao agronegócio ou ao desenvolvimento da infraestrutura do país...e é preciso também, junto com as reformas da lei, aumentar o poder de polícia dos órgãos ambientais, lembrando que o Ibama só consegue receber 8% das multas que aplica...

        Responder às pressões com políticas mais racionais e eficazes me parece ser a melhor opção pelo novo governo.