04/04/2016

Mitos insepultos (3)

        De todas privatizações, nenhuma trouxe tanta contrariedade aos militantes do PT como a da Vale do Rio Doce, sentada há muitos anos nas jazidas minerais da Serra de Carajás. Pode-se dizer que a oposição à entrega da empresa à iniciativa privada teve dois tipos de motivação: o primeiro veio dos dinossauros do partido – e há muitos deles no PT ! – para os quais é inadmissível que os recursos minerais, patrimônio da nacionalidade, sejam explorados por particulares ou “pelos capitalistas inescrupulosos”, como preferem chamar os empresários privados; a segunda motivação veio dos corruptos – e também há milhares deles no PT ! – que simplesmente não querem que certos “filões” caiam nas mãos de quem não paga propina e nem pixuleco aos mandatários da agremiação.
        É desse jeito que devem ser entendidas as patifarias que a empresa tem aprontado nos últimos tempos. Isso explica, por exemplo, a indignação da presidente Dilma frente às atitudes do executivo Roger Agnelli (morto há pouquíssimo tempo em desastre de avião em São Paulo) quando esteve na presidência da empresa, tentando realizar uma gestão profissional. O período Roger Agnelli foi o mais próspero da história da empresa, mas Dilma o bombardeou com tal intensidade que o Conselho Gestor não teve como mantê-lo, capitulou em maio de 2013, afastando-o.
        Não acredito que tenha sido mera coincidência a série de desmandos registrados após a saída de Agnelli:

- Mais adiamentos na exploração do potássio do Sergipe. A demora já deve ter superado a espera pela exploração do mesmo potássio por uma empresa do Grupo Lume (descobriu-se que a inércia do Lume era por pixuleco de grupos internacionais exportadores de potássio para o Brasil).


- Desastre ambiental de Mariana (MG), o mais grave da história brasileira, da responsabilidade da Samarco, empresa da Vale em sociedade com BHP Billinton, australiana.

- Tentativas de toda ordem de a Samarco fugir da responsabilidade pelos crimes que cometeu em Mariana; quase seis meses após o desastre, as vítimas não foram indenizadas e nenhum plano de recuperação do meio-ambiente em sintonia com as exigências legais foi apresentado.

- Farta distribuição de verbas para políticos que detêm algum poder de ingerência nas atividades da Vale do Rio Doce, seja no Pará, Minas Gerais, ou no Espírito Santo.

No próximo capítulo da série “Mitos Insepultos” continuaremos a falar de “As riquezas do Subsolo pertencem à Nacionalidade Brasileira”, tudo para encobrir muitos outros crimes hediondos.


Ainda dá tempo de evitar mais crimes. Vamos expulsar a Samarco da mineração no Brasil. Assine o abaixo- assinado pelo link:








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