De
tanto ver o Brasil espancar a Austrália no Vôlei tive uma ideia salvadora da
pátria. É a seguinte: os cartolas brasileiros deveriam acertar com aquele país,
que já foi a paixão do Brizola, de mandar para cá as suas várias seleções de
vôlei – mais uma masculina, duas femininas, outra juvenil; passaríamos o ano
inteiro jogando vôlei contra a Austrália e espancando 5, 6, 8 vezes as suas
seleções. Até enjoar.
Todas
as partidas seriam patrocinadas pela Liga Mundial, que ninguém sabe direito o
que é, nem onde fica, mas o nome, pronunciado com ênfase pelos locutores da
Globo, impõe um respeito danado. Deveriam fixar algumas regras para tudo
funcionar direitinho: a Austrália ficaria proibida de mandar cangurus em lugar
de atletas e o Brasil estaria proibido de inscrever corruptos nos times, por
maior que seja o desejo de “exportar” essa espécie e mandá-los caçar emu nos
campos australianos.
As
partidas seriam realizadas na maioria em território brasileiro, mas haveria
aquelas, grandes finais de torneios e campeonatos, que seriam realizadas na
Austrália sob o patrocínio de empreiteiras interessadas em contratar grandes
obras no outro lado do mundo. E serão muitas, depois do envolvimento da maioria
delas no escândalo da Petrobras.
A ideia nos traria inúmeras vantagens, a começar pelo treinamento intensivo de
nossas equipes de vôlei, que já são fortes, mas que depois desse enfrentamento
contínuo das equipes australianas tornar-se-iam imbatíveis! Outra vantagem é
que a auto-estima do nosso povo estaria sempre muito elevada, pois a concluir
pelo desempenho da seleção australiana nessas duas dúzias de jogos realizados
pela Liga Mundial entre as duas seleções – brasileira e australiana – não há o
menor risco de perdermos alguma partida por sete a um. Ganharemos todas com
certeza.
Outra
vantagem é que o vôlei seria transformado no grande esporte nacional, mais
popular que o futebol. Está mesmo na hora de o povo reduzir sua atração doentia
pelo futebol, que só traz frustrações e imensas decepções. Os brasileiros,
enfim, deixariam de contribuir tanto para encher o bolso dos Marins, Blatters e
todos os parasitas e chupins grudados na FIFA e na CBF. Essa gente é que nem
soca de capim, a gente corta, ela nasce de novo.
Em tempo: depois de estreitarmos no máximo possível
as relações com o país dos cangurus, poderíamos também oferecer a bom preço
know-how para montagem de um partido operário, com todas as vantagens que isso
pode trazer ao país; quem sabe não recuperaríamos ao menos uma partezinha do
que o nosso partido nos roubou?
(Que tal mandarmos os nossos corruptos caçar Emu na Austrália?)
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