04/05/2015

O fim melancólico dos jornais impressos

É para mim dolorido escrever isso, mas há momentos em que a percepção do jornalista se impõe sobre todo o resto. Os jornais impressos estão morrendo, resta saber quem ou o que lhes dará o tiro de misericórdia. Não queria estar na pele de quem responde pelo orçamento de nenhum deles. Imagino que deve ser uma luta insana para fechar as contas, todos os anos.
Os sobreviventes dão sinais de fraqueza todos os dias. Desisti de sugerir estratégias de resistência, objeto de artigos que escrevi para o Observatório de Imprensa há uns dois anos atrás. Eu também desisti deles, cancelando assinaturas da maioria, fiquei, na verdade, com uma assinatura bissemanal do Estadão, cedendo às sugestões da mulher que cansou de reclamar, assim: é dinheiro jogado fora, você não lê.
Ela estava certa. Mesmo os dois jornais que recebo por semana, não leio. A assinatura bissemanal também é dinheiro jogado fora, pois passo os olhos pela primeira página e desisto de abri-lo tal a repetição de notícias que vejo, cada vez mais completas, pela televisão.
Houve uma época que os jornais impressos pautavam a TV. Hoje, os impressos ficaram para trás, não conseguem acompanhar o ritmo da Televisão, muito mais completo e dinâmico. É o fim da linha para os jornais impressos, que há muito tempo deixaram de ser indispensáveis sobre a mesa do café da manhã. Quem quiser iniciar o dia bem informado liga a TV e, em seguida, o rádio, também uma mídia que esbanja vitalidade nestes dias difíceis.
Gostaria de conhecer a opinião de leitores e outros jornalistas sobre isto. É hora de todos os cidadãos saírem do silêncio, para o bem do País e do direito de todos de serem bem informados.

Escrevam para este Blog, escrevam...

4 comentários:

  1. Não coloco as mãos em impressos faz é tempo, só uso internet, nada de TV e rádios!!!

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  2. Vc tem razão, amigo Ari. Por ser da Velha Guarda, eu ainda insisto em receber um jornal todos os dias na minha casa mas,dificilmente, ele traz alguma reportagem que já não tenha sido exaustivamente debatida nos outros meios de comunicação. Acho mesmo que os dias estão contados até mesmo para as revistas, a não ser que estes meios se reinventem.

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