É para mim dolorido escrever isso, mas
há momentos em que a percepção do jornalista se impõe sobre todo o resto. Os
jornais impressos estão morrendo, resta saber quem ou o que lhes dará o tiro de
misericórdia. Não queria estar na pele de quem responde pelo orçamento de
nenhum deles. Imagino que deve ser uma luta insana para fechar as contas, todos
os anos.
Os sobreviventes dão sinais de fraqueza
todos os dias. Desisti de sugerir estratégias de resistência, objeto de artigos
que escrevi para o Observatório de Imprensa há uns dois anos atrás. Eu também
desisti deles, cancelando assinaturas da maioria, fiquei, na verdade, com uma
assinatura bissemanal do Estadão, cedendo às sugestões da mulher que cansou de
reclamar, assim: é dinheiro jogado fora, você não lê.
Ela estava certa. Mesmo os dois jornais
que recebo por semana, não leio. A assinatura bissemanal também é dinheiro
jogado fora, pois passo os olhos pela primeira página e desisto de abri-lo tal
a repetição de notícias que vejo, cada vez mais completas, pela televisão.
Houve uma época que os jornais impressos
pautavam a TV. Hoje, os impressos ficaram para trás, não conseguem acompanhar o
ritmo da Televisão, muito mais completo e dinâmico. É o fim da linha para os
jornais impressos, que há muito tempo deixaram de ser indispensáveis sobre a
mesa do café da manhã. Quem quiser iniciar o dia bem informado liga a TV e, em
seguida, o rádio, também uma mídia que esbanja vitalidade nestes dias difíceis.
Gostaria de conhecer a opinião de
leitores e outros jornalistas sobre isto. É hora de todos os cidadãos saírem do
silêncio, para o bem do País e do direito de todos de serem bem informados.
Escrevam para este Blog, escrevam...
Não coloco as mãos em impressos faz é tempo, só uso internet, nada de TV e rádios!!!
ResponderExcluirConcordo
ResponderExcluirConcordo
ResponderExcluirVc tem razão, amigo Ari. Por ser da Velha Guarda, eu ainda insisto em receber um jornal todos os dias na minha casa mas,dificilmente, ele traz alguma reportagem que já não tenha sido exaustivamente debatida nos outros meios de comunicação. Acho mesmo que os dias estão contados até mesmo para as revistas, a não ser que estes meios se reinventem.
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