José Richa era daquele naipe de políticos que enxergavam um palmo acima da linha do horizonte; deve ter intuído que seu então jovem conterrâneo não conseguia enxergar nenhum centímetro acima.
Não houve quem segurasse. Álvaro Dias chegou ao governo em tenra idade, fez uma administração barulhenta e fazia da caça aos corruptos uma perseguição de fazer inveja aos macartistas. Ódio dos corruptos, ódio também dos professores. Foi o primeiro governador a mandar a PM reprimir com violência os professores em greve. A repressão virou uma marca registrada de Álvaro Dias e que o persegue até os dias de hoje.
Quis o destino que o segundo governador a fazer isso – mandar a polícia espancar professores – seria o seu filho, Beto Richa, eleito ao cargo pela segunda vez. Richa, o pai, morreu prematuramente há poucos anos e seu filho toca um segundo mandato meio desgovernado e, pior, sem retrovisor.
A repressão aos professores é própria dos governos pouco inclinados ao diálogo e que não conseguem fazer uma leitura adequada da sociedade e sua organização; professor é um símbolo – o melhor de que dispomos – da civilização. Merecem eterno respeito pelo que fazem. Nunca tiveram em nossos dias um salário digno.
Mandar bater neles? É sinônimo de barbárie, só isso.
(Joseph Mccarthy - Álvaro Dias se inspirou nele?)
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