Ainda não sei a que se deve sua volta. Os vizinhos devem especular em cima de algumas hipóteses. Saudade de seu velho companheiro, o sax; negociou com seus colegas um outro local para ensaios; uma mistura dessas duas razões, a hipótese mais provável porque, por enquanto, suas execuções são do tipo “solo” e bem mais rápidas que as anteriores, como se ele fizesse apenas um aquecimento para ensaios em outro lugar.
Malaquias é um bom vizinho, embora more a poucos metros de casa não me fez nenhuma visita desde que, em julho de 2013, baixei em cadeira de rodas em razão de um AVC que paralisou-me braço e perna direitos; não faz mal, ele recompensa a ausência com boa música.
Hora dessas, depois do carnaval, vencerei as dificuldades de acesso e darei um pulo até lá, pois, afinal, quando a montanha não vai a Maomé, Maomé tem de ir à montanha, não é mesmo? Assim que cumprir esta promessa relatarei a vocês como foi, e, principalmente, contarei a quantas anda a relação de Malaquias com seu bendito sax.
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