01/12/2014

Visita à cancha de bocha da Família Mesquita

        Foi mais fácil do que imaginávamos; dia 15 de novembro, um sábado, amigos me levaram, eu e a minha cadeira de rodas, para apreciar o jogo de bocha na Fazenda Barreiros, da família Mesquita, nas cercanias de Louveira, próxima à minha casa. Dessa vez não joguei, nem pude entrar na cancha, mas diverti-me bastante, brincando com os amigos, ouvindo anedotas contadas por João Vitamina, respirando ar puro, conversando com Rodrigo Mesquita, e comendo, sem abusar, um belo churrasco. Valeu muito a pena, tanto que combinamos repetir o “evento” uma vez por mês.
        Revi “amigos da bocha” que há tempos não via. Existe uma anedota que sintetiza a amizade e o clima entre jogadores de bocha. É antiga, mas vou contar para que todos entendam o que se conversa e se tricoteia ao redor de uma cancha em várias regiões do país. Um senhor de origem italiana, já avançado na idade, com mais de 80 anos, amanheceu com uma forte ereção; eufórico, gritou pela esposa e ela não demorou a entrar no quarto; assim que observou as razões de tanto entusiasmo começou a se despir; imediatamente, o marido fez o contrário; começou a por a roupa jogando assim um balde de água fria no desejo da companheira, que reclamou:
- Ora, pensei que você ia aproveitar para a gente coisá e você veste a roupa?
- Espera aí que primeiro eu preciso mostrar para aqueles “esquifosos” lá da bocha!
        A vida ao redor de uma cancha é assim mesmo, cheia dessa encantadora malícia da gente do interior. É isso que me fez gostar tanto dela. Cheguei à cancha naquele sábado de sol passando meio-dia e já me esperavam João Vitamina, Diogo (filho do Rodrigo), Guilherme (amigo de Diogo), Jean (advogado, amigo do Rodrigo), Rodrigo Mesquita, Taraíra (meu amigo, dono do Paiol, dos mais movimentados bares com cancha de bocha de Valinhos), Martins (é como um irmão), e meu filho Eder, gestor deste Blog, residente no Guarujá, tecnólogo em meio-ambiente, funcionário concursado da Sabesp. Eram duas horas da tarde quando chegou Argentino, um italiano quase setentão que adquiriu esse nome cheio de significados para quem ama futebol, mas é brasileiro.
        Lamentamos ali algumas ausências, a começar por Martim, filho do Rodrigo com Eliane Gamal, apaixonado por bocha desde criança. Estuda hoje no exterior e só por isso mesmo faltou ao Evento do Pio, como foi chamada, pelos participantes, a minha “viagem à cancha de bocha dos Mesquitas”. A segunda ausência notada foi a do Coringa (Edson Gasparotto) um dos meus mais diletos amigos da bocha de Valinhos, que há tempos não me visita. Amigos comuns o convidaram e ele alegou que tinha um compromisso importante de trabalho.
        Enquanto escrevia pensava que vários personagens da foto abaixo ligaram-se a mim por histórias engraçadas e trágicas e eu gostaria de contá-las todas para dividir com meus leitores emoções e sensações vividas. Contá-las num só “post” ficaria muito grande, perderia leitores. Decidi contá-las em vários capítulos, nos próximos dias, uma delas por dia, nesta ordem:
1ª) - Coringa e Martim, duas ausências lamentadas
2ª) - Argentino, meu barbeiro nestes tempos de cadeirante
3ª) - Taraira, aquele que corre com esperança de não alcançar
4ª) - Martins, uma amizade que já nasceu sólida
5ª) - Diogo e Guilherme, representantes da meninada da bocha
6ª) - João Vitamina, humor de qualidade no ambiente da bocha
7ª) - Rodrigo Mesquita, amizade que se aprofundou na cancha de bocha


 (Diogo, Argentino, Taraira, Martins, Rodrigo, Eder, Jean, Dirceu e João Vitamina)

Nenhum comentário:

Postar um comentário