Foi acontecer logo na empresa mais internacional do país, com ações na Bolsa de Nova Iorque, refinaria em Pasadena e uma série de outras atividades em vários continentes, de modo que tudo o que acontece com ela aqui, reverbera fortemente no mundo inteiro. Foi o tempo em que se podia esconder sob o manto da fronteira um escândalo desse tamanho.
O ano que vai começar dentro de algumas semanas – estejam certos, prezados brasileiros – terá início com novas denúncias e continuará com denúncia atrás de denuncia. Por enquanto, uma só secretária falou e trouxe à tona uma tsunami de denúncias, imaginem quando várias delas começarem também a por a boca no trombone, fora os office-boys que viram e perceberam coisas que não deveriam ver e nem perceber e que podem da mesma forma falar aos microfones... Quantas secretárias e quantos office-boys haverá numa empresa desse porte?
Nós que estamos de fora só podemos exortá-los com um poeminha, ou, cantiga, não sei, que uma vez vi escrito nas paredes de um banheiro de um posto de gasolina no retorno de uma viagem que fiz ao Rio de Janeiro:
“Falem, falem gente boa; falar é a sinfonia do Universo; meu primo morreu falando e falando eu fiz este verso”.
Agora experimentem trocar o verbo falar por outro, típico, para definir o que todos fazemos no banheiro e o que fizeram na Petrobras. Fica perfeito, não é mesmo?
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