Deputada estadual: cravei Célia Leão,
PSDB; deputada federal,votei em minha amiga Mara Gabrilli, tucana também; para
senador, votei em José Serra, tucano; para governador, cravei Geraldo Alckmin,
do PSDB e finalizei meu voto em Aécio Neves
Não sou
tucano convicto, de carteirinha. Acho que você, em eleição, deve-se deixar
levar um pouco pela correnteza, não totalmente, mas um pouco só. Também nunca fui
antipetista radical. Diria que sou - sempre fui - um observador atento do
cenário político. Já votei no Lula para tentar barrar a ascensão de Collor,
meio que intui o desfecho da chegada de Collor ao poder. Não faz muito
tempo, defendi com veemência o PT numa discussão interna do Lucy Montoro ao
lado de uma senhora que fez um discurso daqueles “figadais” contra o PT. E meus argumentos foram até simples: penso que não foi o
PT que inventou a corrupção e não se pode negar o peso do partido na melhora e
ampliação dos benefícios sociais alcançados pelo Brasil neste período um tanto
longo que o partido permaneceu no topo do poder.
Acho,
contudo, que o PT se exauriu dentro do próprio PT. Dilma Rousseff, ao longo de
seu primeiro mandato, um pouco por teimosia, um pouco por inexperiência e
com uma grande dose de arrogância, tem proporcionado um fim melancólico ao
potencial do PT em produzir mudanças para melhor. Acho que o grande erro de
Dilma foi ter-se oposto à volta de Henrique Meirelles ao Banco Central. Ela,
Dilma, foi incapaz de perceber que foi ele - e só ele - quem deu sustentação à
política econômica nos dois mandatos de Lula. Se não fosse Meirelles, um quadro
originalmente do PSDB, o governo de Lula jamais teria alcançado a performance
virtuosa que alcançou. Poder, já dizia Espiridião Amin, você tem de pegar com a
esquerda e tocar com a direita, como o violino.
Foi por
pensar desse jeito que eu resolvi na última hora pular fora do barco da Marina
e cair no barco do Aécio Neves. Foi a correnteza que me levou a fazer esse
movimento reverso a duas horas antes de votar. Por ironia do destino, talvez,
eu e as pessoas que consegui influenciar, votamos a favor do PT, pois me
pareceu óbvio que o PT torcia para Dilma enfrentar Aécio invés de Marina no
segundo turno. Deixemos que as urnas dêem o veredicto final após o segundo
turno.
Não
estou convencido de que Dilma baterá fácil o mineiro Aécio, mais por ser
mineiro e menos por sua candidatura ter consistência superior à de uma
candidata que está no poder. As armas dos dois gladiadores serão desiguais. As
chances de Aécio estão na sua capacidade de orador contundente e corajoso. Não
nos esqueçamos que sua ida para o segundo turno se deveu com certeza ao
seu desempenho no “debate” da Globo,
onde conseguiu cravar a pecha de “mentirosa” à sua
principal adversária por sua participação no episódio da demissão de Paulo
Roberto Costa da diretoria de Petrobras: “A senhora
lançou a demissão premiada de corruptos”, esgrimiu
Aécio, dono de uma retórica perfeita.
A mina onde foi encontrada essa pedra rara- Paulo Roberto Costa- ainda é bastante fértil.
A mina onde foi encontrada essa pedra rara- Paulo Roberto Costa- ainda é bastante fértil.
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