A surpresa vem com a lista dos candidatos eleitos
tanto para deputado estadual como para federal: quando você encontra nela os
nomes dos candidatos nos quais você votou, isto é motivo de grande felicidade,
como aconteceu comigo nestas eleições, já que minhas duas escolhidas- estadual,
Célia Leão; federal, Mara Gabrilli- estavam lá e com ótima votação. Ambas são
cadeirantes, uma paraplégica (Célia), a outra (Mara) tetraplégica e foram parar, ainda muito jovens, numa cadeira de
rodas em consequência de acidentes automobilísticos, uma das causas principais
desse tipo de lesão medular no Brasil.
Não foi, contudo, o fato de serem cadeirantes que fizeram por merecer o meu e o
voto de tanta gente: não posso falar em nome dos mais de 254 mil eleitores das
duas- 93. 318 no caso de Célia e 161.318 no caso de Mara- mas posso dizer que
ambas transbordam méritos, sobretudo na luta destemida que travam em favor da
acessibilidade urbana. Foi Mara que me chamou atenção para a amplitude que a
acessibilidade deve ter nas pequenas e grandes cidades. Não basta implantar uma
rampa, que muitas vezes liga o nada a lugar nenhum, e dizer que assim criou
acesso. Agora que tornei-me também um cadeirante, começo a falar do assunto com
propriedade, o que sempre fizeram Mara e Célia. Acesso é criar para
tetraplégicos, paraplégicos, hemiplégicos, cegos, surdos, mudos, albinos,
portadores de doenças genéticas e todo tipo de restrição física, facilidades
que tornem possível a essas pessoas frequentar ambientes públicos em condições
de igualdade-relativa a todos os demais.
Essas eleições foram muito especiais para mim, pois além de votar consciente, ainda abri meu voto através deste Blog e devo ter influenciado, a concluir pelos telefonemas e mensagens que recebi, muitas outras pessoas, dentro e fora do estado. Uma sobrinha, Solange, filha de meu irmão Mauro, que é médica e trabalha em Niterói, RJ, passou-me uma mensagem pelo Facebook indagando se eu podia indicar algum candidato para ela e eu respondi: “No Rio, eu posso dizer em quem eu não votaria de modo algum, mas não me arriscaria dizer em quem votaria; eu não votaria no Romário, pois um ex-atleta que aceita fazer propaganda de cerveja tornou-se indigno do meu voto; e não votaria no Garotinho pelo seu passado”.
Essas eleições foram muito especiais para mim, pois além de votar consciente, ainda abri meu voto através deste Blog e devo ter influenciado, a concluir pelos telefonemas e mensagens que recebi, muitas outras pessoas, dentro e fora do estado. Uma sobrinha, Solange, filha de meu irmão Mauro, que é médica e trabalha em Niterói, RJ, passou-me uma mensagem pelo Facebook indagando se eu podia indicar algum candidato para ela e eu respondi: “No Rio, eu posso dizer em quem eu não votaria de modo algum, mas não me arriscaria dizer em quem votaria; eu não votaria no Romário, pois um ex-atleta que aceita fazer propaganda de cerveja tornou-se indigno do meu voto; e não votaria no Garotinho pelo seu passado”.
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