Ao conduzir minha cadeira de rodas pela casa, lembro-me de
Amanda. Foi ela que insistiu para que eu a conduzisse, com pouca ou nenhuma ajuda
do cuidador; na hora de trocar de camisa ou blusa, lembro-me de Amanda. Foi ela
que insistiu exaustivamente: “primeiro põe a manga do
braço direito”. Na hora de comer, lembro-me de Amanda.
Foi ela que me fez cortar aqueles “bifes” de massa plástica dezenas de vezes. Era incansável em
forçar a repetição dos exercícios até “eu pegar o jeito”.
No dia que a revi, Amanda não estava bem. Tomávamos um lanche na cantina do Instituto. Ela disse estar com enxaqueca e talvez por isso não tenha vindo sentar-se com a gente assim que nos identificou. Minha mulher falou-lhe do meu desejo de revê-la. Ela respondeu com o seu sorriso característico, algo entre simpatia e timidez. Eu perguntei se ela acompanhava meu Blog. Disse que não, mas que estava curiosa para saber o que eu tenho escrito. Garantiu-me que a hora que sobrasse um tempinho entraria para ver tudo o que eu tenho escrito. Comentei que num texto menciono o nome dela. Deve ter ficado curiosa. Em casa, à noite, a primeira coisa que vejo é uma mensagem de Amanda: “Como lhe prometi entrei hoje no seu Blog e, no primeiro texto, já me achei lá dentro...”
Amanda é dona de um rigor adocicado e talvez seja isso que a torne especial. A terapia é para certos pacientes, como eu, que nunca foi apaixonado por exercícios físicos, algo sempre difícil, penoso. As sessões com Amanda eram bem suportáveis, não chego a dizer que eram agradáveis, mas eu as suportava, digamos, com grande respeito e disciplina. Havia nela um ar ingênuo e suave, algo que parecia sair de sua alma. Tem vocação para aquele tipo de trabalho.
No dia que a revi, Amanda não estava bem. Tomávamos um lanche na cantina do Instituto. Ela disse estar com enxaqueca e talvez por isso não tenha vindo sentar-se com a gente assim que nos identificou. Minha mulher falou-lhe do meu desejo de revê-la. Ela respondeu com o seu sorriso característico, algo entre simpatia e timidez. Eu perguntei se ela acompanhava meu Blog. Disse que não, mas que estava curiosa para saber o que eu tenho escrito. Garantiu-me que a hora que sobrasse um tempinho entraria para ver tudo o que eu tenho escrito. Comentei que num texto menciono o nome dela. Deve ter ficado curiosa. Em casa, à noite, a primeira coisa que vejo é uma mensagem de Amanda: “Como lhe prometi entrei hoje no seu Blog e, no primeiro texto, já me achei lá dentro...”
Amanda é dona de um rigor adocicado e talvez seja isso que a torne especial. A terapia é para certos pacientes, como eu, que nunca foi apaixonado por exercícios físicos, algo sempre difícil, penoso. As sessões com Amanda eram bem suportáveis, não chego a dizer que eram agradáveis, mas eu as suportava, digamos, com grande respeito e disciplina. Havia nela um ar ingênuo e suave, algo que parecia sair de sua alma. Tem vocação para aquele tipo de trabalho.
(foto de Amanda Ubida beijando um boneco)
Nenhum comentário:
Postar um comentário