Ah, ia esquecendo-me de relatar uma história
super interessante que se passou comigo logo no início dessa minha aventura (ou
seria desventura?) de saúde! Moro numa chácara em Vinhedo (SP) e meu
passa-tempo preferido é lidar com as plantas, que incluem parreiras, flores e
uma variedade grande de frutíferas. Uma tarde, noto um ajuntamento enorme de
moscas atraídas pelas goiabas que apodreciam no chão. Peguei rastelo e comecei
a recolher as goiabas num só monte para assim facilitar a vida do
jardineiro que viria no dia seguinte. Notei que as moscas sentaram à vontade
nas minhas pernas e no pedaço de barriga que deixava escapar por
baixo da camisa. Terminado o serviço, entrei em casa, tomei um bom banho,
jantei e fui para a frente da TV. Bem mais tarde comecei a perceber a
novidade: uma coceira persistente eclodiu em três pontos do meu corpo -
proximidade do joelho esquerdo, alto das costas e umbigo.
Meu filho caçula, Ives, cuidador dos nossos cães, foi o primeiro a suspeitar: - Tá parecendo berne! - ele disse, para meu espanto. E eram três bernes, diagnóstico confirmado por um dos médicos do Pronto Socorro de Valinhos a que procurei com o desejo de me livrar no mais rápido possível dos hóspedes inconvenientes. Eram três horas da tarde, às seis horas eu ainda estava lá à espera de a pressão baixar para o médico poder dar um pico com bisturi e poder retirar os invasores. Negativo. A pressão não queria baixar. O procedimento teve de ser adiado para o dia seguinte. E lá fui eu para casa levando agora duas preocupações: uma com meus hóspedes e outra com a pressão que novamente escapara do controle. O maior incômodo era saber que havia três bichinhos nojentos enterrados dentro de mim, se alimentando da minha carne.
Meu filho caçula, Ives, cuidador dos nossos cães, foi o primeiro a suspeitar: - Tá parecendo berne! - ele disse, para meu espanto. E eram três bernes, diagnóstico confirmado por um dos médicos do Pronto Socorro de Valinhos a que procurei com o desejo de me livrar no mais rápido possível dos hóspedes inconvenientes. Eram três horas da tarde, às seis horas eu ainda estava lá à espera de a pressão baixar para o médico poder dar um pico com bisturi e poder retirar os invasores. Negativo. A pressão não queria baixar. O procedimento teve de ser adiado para o dia seguinte. E lá fui eu para casa levando agora duas preocupações: uma com meus hóspedes e outra com a pressão que novamente escapara do controle. O maior incômodo era saber que havia três bichinhos nojentos enterrados dentro de mim, se alimentando da minha carne.
No dia seguinte, um sábado, mudei os
planos. Ao invés de ir para Valinhos procurei a UPA - Unidade de Pronto
Atendimento, de Vinhedo. A descoberta foi interessante: minha cidade dispõe – e
eu não sabia – de um centro de atendimento de urgência bem equipado e com um time
de médicos e de enfermeiros de
primeiríssima qualidade. Em menos de dez minutos, o médico e o enfermeiro
começaram os procedimentos para me livrar dos hóspedes tão incômodos. Um dos
bernes – o da perna – saiu fácil. O das costas e do umbigo foram cobertos com
uma bandagem e retirados no dia seguinte. Os invasores saíram, mas me deixaram
uma grande inquietude: eu não podia demorar para voltar ao cardiologista.
Voltei dois ou três meses depois, ainda sem saber que a vida
me reservava um assento (que espero não seja cativo) numa cadeira de rodas.
(Close no olho de uma mosca)
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