25/07/2014

Poesia na dor

Uma agulhada na perna esquerda me avisa que ela está na porta pronta para entrar.

No começo tentamos confundi-la, no pressuposto de que ela pode ter errado o endereço, com o tempo aprendemos que essa possibilidade não existe. Não existe nada mais endereçada e certa que a dor neuropática. É como se alguém tivesse inscrito “Herzegovina” na soleira de nossa casa. Então ela entra sem pedir licença nem nada, “lei de Murphy”, se tiver de doer vai doer. Melhor se preparar para conviver com ela.

(Imagem de uma mão batendo na porta)

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