Por Dirceu Pio
De tanto fugir da Globo et Caterva, deixei-me viciar pelo Roda a Roda Jequiti.
De vez em quando dou uma espiada na Globonews e na CNN pra ver qual a sacanagem
em curso.
Naquele dia, pela Globonews, flagrei o “correspondente” Guga Chacra num gesto
falho altamente revelador.
As apurações do pleito americano estavam avançadas e as atenções se voltavam
então para o que aconteceria nos seis estados finais e decisivos, também
conhecidos por "Estados da Batalha": Geórgea, Winscosin, Nevada,
Arizona, Carolina do Norte e Pensilvânia.
Guga teve a “péssima” ideia de levar para a frente de um mapa dos EUA (com os
seis estados-chave em vermelho) um jovem analista das eleições americanas:
- Trump ganhou aqui, ali, acolá e já é possível, portanto, dizer que ele
vencerá em todos esses estados decisivos, disse o rapaz, cujo nome não anotei,
falando com a convicção dos especialistas.
Guga Chacra quase teve uma síncope; nunca o vi tão nervoso. Teve de improvisar
um malabarismo bem idiota para “desmentir” seu entrevistado.
TUDO PLANEJADO
Naquele exato instante não apenas confirmei minha previsão – feita no início da
Pandemia – de que as eleições americanas seriam roubadas de Trump, como percebi
claramente que o “jornalismo” da mídia tradicional foi advertido de que não era
para admitir a vitória de Trump em nenhuma circunstância.
Tudo o que se viu nos dias seguintes confirmou as duas coisas. Eu vi, por
exemplo, “jornalistas” como Sandra Coutinho, entre inúmeros outros, repetirem
exaustivamente que “Trump alegava que houve fraude, embora ela não tenha
existido”, como se coubesse a repórteres afirmar coisas do gênero. Como
jornalista que eu sempre fui desde os 16 anos de idade nunca me atrevi a
escrever ou falar algo tão pretencioso.
Em casa, contribuindo com o infame isolamento social, acompanhei o passo a
passo das apurações e fui testemunhando coisas estarrecedoras, como viradas
repentinas e espetaculares de Joe Biden em praticamente todos os estados-chave.
Foi a primeira vez na vida que eu presenciei a quebra de toda e qualquer
tendência na apuração num verdadeiro massacre da ciência estatística.
CAMPANHA SEM GENTE
Antes, durante a campanha, pelas mídias alternativas, eu vi muitas coisas que
me animaram a prever uma vitória estrondosa de Donald Trump: comícios de Joe
Biden eram cancelados em cascata e nos que eram realizados, percebi um enorme
constrangimento da mídia em mostrar público tão diminuto.
Ficou famosa a cena, patética, de Barack Obama chamando aos gritos o candidato
democrata, que desapareceu de cena, talvez por vergonha do padrinho em ver a
minguada plateia que na Pensilvânia assistia ao discurso do ex-presidente.
Para explicar o esvaziamento da campanha de Joe Biden, a mídia simpatizante do
candidato inventava as mais estúpidas narrativas, como dizer que o eleitor
democrata era mais respeitador das normas sanitárias que o republicano.
O que ninguém explicou até agora é que os estados governados por democratas,
onde as restrições à liberdade foram muito mais rigorosas, registraram – e
registram – os maiores índices de mortes nos EUA desde o começo da Pandemia.
FALTOU TEMPO
O próprio Trump declarou ao final das apurações que o tempo conspirava contra
ele. De fato, foram tantas e tão ardilosas as espécies de fraude que se
tornou impossível documentar todas elas
para apresentar aos congressistas que se reuniram no dia 6 de janeiro para
certificar o resultado eleitoral.
O documento mais completo a respeito – o Relatório do economista Peter Navarro
- só foi concluído dia 18 de dezembro.
Os advogados de Trump chegaram a preparar um bombardeio de denúncias para o dia
D, mas aí veio a providencial invasão do Capitólio que levou as centenas de
congressistas, incluindo muitos senadores republicanos, a votar pela certificação
sem ao menos analisar o grande assalto de que foi vítima a democracia
americana.
Sandra Coutinho e
Guga Chacra: devem ter sido alertados para não admitir a vitória de Trump em
nenhuma circunstância.