"A alegação é fraca e causa desconforto.
Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação.
Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um
problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu
as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional
tirar uma presidente sobre esse fundamento num país como o nosso. Vão aparecer
dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se
transformará em ódio entre parcelas da população".
Adivinhem quem disse isso? Nada mais
nada menos que o ex-presidente do Supremo, o jurista Joaquim Barbosa,
transformado em herói brasileiro depois do Mensalão e o disse em palestra paga
pela Unimed há uma semana em Florianópolis, ou seja, mais de três meses depois
de ter sido apresentado o projeto do Impeachment. A Câmara Federal já aprovou o
texto, que foi enviado ao Senado para julgamento, em curso.
A pergunta que deve ser feita ao “herói”
é: onde ele estava que não denunciou o que classifica de inconsistência do
projeto? Será que esperou lhe oferecerem dinheiro como fez a Unimed?
Temos de nos habituar com a ideia de que
nossos heróis são assim mesmo, mais preocupados com o bolso do que com a Nação.
Outra heroína de comportamento estranho
é a líder das pesquisas de opinião para a presidência da República, Marina
Silva. Seu partido recebeu o pomposo nome de Rede de Sustentabilidade. O
partido apresentou-se na votação do impeachment na Câmara como um verdadeiro
mingau, demonstrando que é herdeiro absoluto do caráter de sua fundadora.
Marina não esteve em Mariana (MG), palco do maior desastre ambiental da
história brasileira.
Em recente entrevista à TV Globo
justificou a ausência com uma desculpa pra lá de esfarrapada:
- Estou
sem mandato, de modo que não tinha como ser efetiva em Mariana.
A mulher que veio do estado de Chico
Mendes, que já foi ministra brasileira do meio-ambiente, que já tem imagem
mundial associada ao ambientalismo, dona de um partido que abraçou a
sustentabilidade como principal causa, varreu a palavra solidariedade de seu
dicionário. Trocou-a pela palavra efetividade, que a rigor ninguém sabe ao
certo o que significa.
É um país realmente muito estranho este
nosso Brasil.
No próximo capítulo da série “Que país é
esse?” vamos falar da usurpação, lembrando que o especialista Lunderbergue Góes
escreveu-me que até a frase que dá título a este artigo foi usurpada de seu
verdadeiro autor.
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A grande responsável pelo desastre de Mariana
foi a mineradora Samarco que até agora não sofreu nenhuma punição.
Precisamos
expulsar a Samarco da MINERAÇÃO BRASILEIRA. Assine o abaixo-assinado pelo link:
Joaquim Barbosa, impoluto e omisso
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