Marta
Suplicy, senadora pelo PT, lançou em entrevista ao Estadão o desafio: “Ou o PT
muda ou vai acabar”. Lamento informar, senadora, o seu partido já morreu faz
tempo, só esqueceram de enterrar. É por isso que ele ainda aparece aqui e ali
com aquele cheiro nauseabundo, vagando entre um cofre público e outro,
saqueando, saqueando, saqueando. Saquear é a função que restou ao cadáver, as
pessoas se afastam para não sentir o cheiro e ele aproveita para rapar o fundo
do cofre, até o último centavo. Como diria Boris Casoy “é uma vergonha!
Dá para situar, inclusive, no
tempo e no espaço, o dia da morte: ocorreu em 2010 no exato instante em que seu
líder maior, aquela farsa barbuda, vocês sabem quem é, como presidente da República
vetou os dispositivos da Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso que
bloqueavam despesas de contratos assinados com a Petrobras consideradas
superfaturadas pelo Tribunal de Contas da União-TCU. Com isto a ”Farsa Barbuda”
escancarou as porteiras para a estupenda “Farra do Boi” com recursos da estatal
que presenciamos atualmente.
O veto que decretou a morte do
Partido dos Trabalhadores, que hoje poderia ser chamado de Partido dos
Afanadores, foi encaminhado ao Congresso Nacional pela Mensagem no. 41, de 26-01-2010,
da Casa Civil da presidência da República, cuja ministra-chefe era nada mais
nada menos que a ilustríssima senhora Dilma Roussef.
Depois de publicar, com destaque,
a entrevista da senadora Suplicy, o Estadão foi atrás de quatro “importantes
intelectuais” brasileiros – José Arthur Giannotti, Maria Celina D’Araújo,
Francisco Foot Hardman, Jairo Nicolau – perguntando-lhes se achavam que o PT
encontra-se de fato na encruzilhada sugerida por Marta. A resposta veio em
forma de longos artigos que ocuparam todo um caderno do Estadão. Foi uma
presepada enorme, sem o menor sentido. Ninguém falou do cadáver como cadáver,
todos insistiram que ele continua vivo.
É o que acontece com todo cadáver
insepulto. Ninguém joga a última pá de cal e enquanto isso ele vaga, vaga,
vaga. A própria senadora Marta fala da Farsa Barbuda como se ele fosse Deus. É
tudo um grande descaramento. Um partido que recebe autorização do presidente da
República para roubar deixou de ser um partido para ser um conglomerado de ladrões.
Quem insiste em chamá-lo de partido ou é tolo ou pessoas de má fé... Convenhamos,
tola ou tolos a senadora Marta e esses “importantes intelectuais” ouvidos pelo
jornal nunca foram, logo...
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