Em maio de 1993, a inflação se encontrava na casa dos 32,27 ao mês e chegaria nesse ano a 46,58 por cento; em outubro de 1994, quer dizer, menos de um ano depois, havia desabado para 1,82 por cento e permanecido nesse patamar ou pouco acima dele por anos a fio, só ameaçando ultrapassar novamente os dois dígitos agora na gestão de Guido Mantega e Dilma Rousseff.
Quando Dilma Rousseff, a candidata do PT, vociferava nos debates televisivos contra o PSDB, dizendo que o partido tucano era o partido dos ricos, e que nenhum tucano tinha sensibilidade para entender os problemas dos pobres eu olhava para a TV indignado e me perguntava, de onde veio essa mulher, de que planeta ela saiu? Cinicamente, a candidata dos “pobres” demonstrava desconhecer a inflação e os efeitos perversos que ela pode trazer a uma sociedade, especialmente aos pobres.
O Plano Real foi um enorme pacote de bondades que ainda vão ser sentidas por muitos e muitos anos, a menos que apareça um governo incompetente, mas muito mais incompetente que esse que aí está, para destruir as suas bases, muito bem plantadas de norte a sul do país.
Contra o desabastecimento que ameaçou e destruiu todos os planos anteriores, o Real ofereceu o livre mercado, ou seja, a possibilidade de importar todo e qualquer produto que ameaçasse trazer a inflação de volta, quer pela escassez, quer pela especulação; contra a paralisia da economia oferecida pelo estatismo exacerbado o Real trouxe a privatização galopante; contra o empreguismo, o plano trouxe um enxugamento do aparato estatal nunca antes verificado na história do Brasil republicano.
Houve entre 1993 e 1995 uma redução de 18,47% da população miserável do país fruto do sucesso do plano. O avanço do PT na sua plataforma social só foi possível porque, antes, o governo do PSDB preparou tanto a estabilização da moeda quanto a leveza da máquina estatal, tornando-a mais enxuta, ágil, eficaz.
Tudo o que for dito diferente disto é manipulação de informações com objetivos eleitoreiros. É a realidade descrita por um jornalista que não tem nenhuma razão para mentir e que viveu, fato por fato, essa realidade.
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