Formei meu caráter ainda na passagem da adolescência para a juventude, quer dizer, quando acordei para a vida já tinha caráter firme, inexpugnável, sujeito a qualquer prova. Digo isso porque já fui submetido a muitas provas e hoje posso dizer que fui aprovado em todas elas, com louvor. É o grande patrimônio que carrego comigo, do qual me orgulho, sempre me orgulhei.
Tenho amigos que votaram no PT nestas eleições; se me perguntam, digo que o PT está a cada eleição mais parecido com o antigo PDS ou a antiga Arena - quem tem a minha idade, lembra-se muito bem de um e da outra. Eu, entretanto, não escolho meus amigos por sua preferência política e nem por sua cor ou opção sexual. Tenho amigos negros, gays e sempre os considerei bons caráteres. O caráter é que importa! Não tenho, nunca tive e nunca terei amigos na direita radical, pois essa opção política é sinônima de completa falta de caráter.
Já votei no Lula para tentar barrar a subida do Collor à presidência, por sorte ele perdeu daquela vez; fiquei apavorado quando percebi que nossa opção nestas eleições estaria entre Marina e Dilma e talvez as circunstâncias me levariam a votar novamente no PT. Um amigo, tucano desde criancinha, Sandro Vaia, a quem confessei minha dúvida, deu-me o que pode ser considerado um chacoalhão e me fez desembarcar definitivamente na campanha de Aécio, que, a meu ver, mereceu a vitória.
Dali em diante, prestei mais atenção na Marina, resolvi todas as dúvidas que eu tinha a seu respeito, e hoje entendo que ela seria também uma boa opção para o País. Consolidei também nestas eleições minha visão de que o PT envelheceu, deixou-se corromper, deveria ser desalojado do poder por uns tempos, ficar de 10 a 12 anos no estaleiro, fazer um “mea- culpa” de seus erros, renovar-se. Se não fizer isso em breve, terá um fim melancólico, me-lan-có-li-co. Mais esses quatro anos de poder podem transformar o Partido dos Trabalhadores, o partido dos Operários Metalúrgicos, no partido mais corrupto da história da República.
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