18/10/2020

UM SONHO DE CANDIDATA

Por Dirceu Pio

Ela é o que se pode chamar de policial exemplar: ainda em 1988, ficou em primeiro lugar no curso de Formação de Soldados da PMESP e, em 1990, ingressou na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, onde formou-se Bacharel em Administração de Polícia Ostensiva.

Na Polícia Militar, recebeu prêmios e medalhas e destacou-se como instrutora das matérias "Polícia Comunitária", "Direitos Humanos", "Marketing", "Gestão pela Qualidade" e "Relacionamento com a Imprensa".

Falamos, é claro, da vereadora e atual candidata do PSL à prefeitura de Piracicaba (SP), coronel Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, 50 anos, casada, com chances reais de vencer a eleição.

Ela sabe que administrar Piracicaba é um grande desafio: não poderia haver na política do município, hoje com 408 mil habitantes, orçamento próximo de 2 bilhões de reais, ninguém mais preparado que ela, o que demonstra nesta entrevista em que exploramos a visão da candidata em tempos de Pandemia:

Pergunta - O que a Prefeitura pode fazer para prevenir a população contra o vírus e garantir o tratamento precoce a todas as pessoas que forem infectadas ?

Resposta - Eu e minha família tomamos ivermectina logo no começo do surto e até agora ninguém foi contagiado. Precisa ser feito um protocolo preventivo à doença, como foi feito em Porto Feliz e cidades do estado de Santa Catarina, tendo em mente reforço metabólico com vitaminas e o agente ivermectina. E iniciar o tratamento já nos primeiros dias de sintomas para evitar o agravamento do caso e internação, testagem de todo círculo de contato do paciente para impedir que o vírus se espalhe. Além disso, precisa sim ter um bom protocolo de tratamento: o paciente deve sair do primeiro atendimento já com os medicamentos, visto que há verba. Federal inclusive.



P - Como se comportaram durante a Pandemia as autoridades de Piracicaba?

R - Vi muito populismo, pouco plano real de ação; vi erros e mais erros, e a grande maioria apática como servos do senhor de engenho aceitando dezenas de ordens absurdas. Investiram pouco na cidade e quase destruíram a economia; comércios falindo ou fechando, pessoas perdendo seus empregos, e o assistencialismo com cesta básica para todo lado correndo solto. Com redução de horário de funcionamento, tudo foi reduzido para não "aglomerar". E só aumentou aglomeração. No Lar dos Velhinhos entidade assistencial, por exemplo, um grupo mais que vulnerável, não houve barreiras sanitárias efetivas. A Prefeitura deveria agir na prevenção. Prevenir é agir rapidamente em locais mais susceptíveis à doença.

P - Como a senhora viu o comportamento do presidente Bolsonaro na Pandemia e de seu governo?

R - Eu gosto do posicionamento contrário ao fechamento do comércio com o objetivo de proteger a economia e o emprego! Só acho que injetou excessivamente dinheiro nos municípios para que eles, descontroladamente, investissem. Isso fomentou e incentivou mais ainda, que os municípios sob o manto do pânico, agissem sem licitação de forma bem menos, digamos, “republicana”. Há a doença, não se nega. Mas há muito interesse em gerar o medo absoluto. Ficar em casa vai gerar um problema econômico monstro. Sentiremos isso em 2021.

P - A senhora é contra ou a favor do lockdown ?

R - Totalmente contra. Estes decretos estaduais e municipais não possuem qualquer valor. Decretos disciplinam a lei. A lei federal de calamidade pública em nenhum momento falou em lockdown. Falou em quarentena e específica em algum setor ou categoria. Interesses obscuros fizeram com que o medo suplantasse a razão na informação ao povo. E a opressão com medidas de polícia, ameaças, não constroem consciência. Pena. Se perdeu uma oportunidade em demonstrar que o Estado está com o povo e não contra ele.

P - A senhora é contra ou a favor do fechamento das escolas ?

R - Ponto bastante controverso. Ainda não há clareza sobre o grau de contágio das crianças, embora haja informação de que é bem pequeno, quase insignificante. Creio que um programa de acompanhamento digital e dicas de ensino lúdico poderia ser solução paliativa. Melhor manter fechado neste caso. Em os outros locais - bares, festas pessoais, ônibus, varejões, feiras, shoppings, e todos estabelecimentos comerciais - creio que com responsabilidade e acuidade tudo possa abrir.

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