Todas as pessoas que negam que as urnas eletrônicas sejam capazes de fraudar uma eleição agem numa entre duas condições: ou são ingênuas e ignorantes a respeito do poder dos sistemas eletrônicos ou são explícita ou implicitamente beneficiárias da fraude.
Nada mais poderá explicar a negação!
Quando a ministra Rosa Weber, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Dias Toffolli, como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ou ainda Raquel Dodge, na condição de Procuradora Geral do Estado (PGR), defenderam a segurança das urnas eletrônicas durante a jornada eleitoral de 2018 só podiam também estar agindo numa de duas condições: por ignorância (uma hipótese inadmissível em pessoas poderosas e em condições de requisitar a assessoria mais competente do país ou do mundo) ou por cumplicidade.
Eu mesmo, que estudei o assunto a fundo, acredito muito mais nesta segunda hipótese.
Quando, ainda em 2015, o Congresso Nacional aprovou a lei que tornava obrigatório o voto impresso, o Parlamento acionou um grupo dos melhores especialistas em telemática para assessorá-lo na implementação. A primeira providência do Grupo, que foi dissolvido em 2018 como consequência da decisão do STF pela supressão do voto impresso, foi estudar a fundo a capacidade trapaceira das urnas eletrônicas.
SÃO INAUDITÁVEIS
O estudo foi concluído e demonstrou com clareza que as urnas eletrônicas são inauditáveis...
E é preciso compreender o significado disso para enxergar a extensão – e a gravidade - dos crimes que já foram praticados contra a democracia brasileira desde que, há cerca de 20 anos, foi aceita a primeira urna eletrônica pelo Sistema Eleitoral Brasileiro.
O país nunca mais pode reconstituir o que de fato aconteceu numa de suas eleições, pois não há mais o comprovante do voto. Um modo esperto de enterrar a fraude definitivamente...
Quero relembrar aqui um episódio que se passou comigo ainda em 2017, num restaurante de S. Paulo. Eu fora escalado para redigir o documento, que seria entregue aos candidatos a presidente em 2018, sobre o up-grade que se pretendia dar à internet brasileira e almoçava com os idealizadores do projeto, as maiores feras em telemática do país, para receber orientações... (o projeto, infelizmente, não foi concluído)
Dilma já havia sido deposta mas o caso da espionagem americana em seu governo ainda repercutia. O assunto veio à tona durante o almoço e um dos meus interlocutores comentou, textualmente:
- Dentro do atual cenário, o governo brasileiro só pode escolher se quer ser espionado pelos EUA, pela Rússia ou pela China. Só esses três países têm condições de fornecer as poderosas máquinas pra rotear a nossa internet.
Foi um comentário que elucida tudo: os “chips trapaceiros” ou “inconfidentes” estão lá dentro das máquinas e são inteligentes pra driblar qualquer tipo de auditoria e qualquer tipo de fiscalização.
O melhor que o Brasil tem a fazer, portanto, se é que se pretende mesmo preservar nossa ainda tenra democracia, é doar nossas 500 mil urnas eletrônicas à Argentina, até porque essas porcarias fraudulentas só podem ter bom uso em países bolivarianos ou contaminados pelo socialismo corrupto.
Rosa Weber e Dias Toffolli
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