22/12/2019

EMPREENDER NÃO É PRA QUEM QUER, É PRA QUEM SABE!

Por Dirceu Pio

        Gravem bem este nome: Carlos Bombonatti, o dono de um dos melhores restaurantes da região de Campinas, o já famoso Maria Zabé, na região central de Vinhedo.

        É o que se pode chamar de “empreendedor nato”, uma espécie de Midas da gastronomia - tudo o que toca vira ouro !

        Há pouco mais de 40 anos, ele fundou o Rocinha, especializado em “comida da roça”, às margens das pistas de acesso a Vinhedo, à direita da Rodovia Anhanguera no sentido SP – Campinas.

        Foram 27 anos de sucesso. Atraía frequentadores de várias regiões do Estado de S. Paulo e da própria capital. Sempre lotado e aos fins de semana formavam-se filas de espera que chegava a demorar três horas.

        A receita do sucesso era simples: comida caseira, onde nunca faltou a leitoa assada; atendimento impecável. Quem se via obrigado a esperar horas para ser atendido, ganhava de presente uns petiscos para enganar a fome. E havia um enorme pátio com animais domésticos (patos, galinhas e até carneiros) para passeios e play ground.

        E a presença, mesa a mesa, do afável proprietário.

        Ah, faltou dizer que no vigésimo aniversário do Rocinha, Carlos Bombonatti abriu uma pizzaria/sorveteria à frente do restaurante e não precisou de seis meses para transformá-la numa verdadeira coqueluche para os moradores de Vinhedo.

VENDA E FRACASSO

        Com 27 anos de sucesso, Bombonatti vendeu as duas casas para um caminhoneiro endinheirado. Eu o conheci: não foi difícil prever que ele fracassaria... Era simpático, mas tosco, não tinha o carisma e o refinamento do fundador do Rocinha!

        Não precisou de mais de cinco anos para levar à falência as duas casas, cujo sucesso deve tê-lo inspirado a trocar o setor de transporte pelo de gastronomia.

        Dá pena, hoje, ver o abandono dos prédios onde funcionavam os dois negócios de sucesso de Bombonatti: o mato toma conta dos pátios e parte das construções ameaça desabar.

E NASCE O MARIA ZABÉ

        Com menos de 12 anos de vida, a nova casa de Bombonatti , o Maria Zabé, já conquistou fama na região de Campinas. Fica na região central de Vinhedo, mas além do atendimento impecável, o detalhe de modernidade é a acessibilidade: chega-se fácil de cadeira de rodas da entrada ás mesas – rampas suaves, nenhum degrau e nenhum obstáculo do tipo intransponível.

        Soma-se à comida de qualidade (um à la carte que combina simplicidade com sofisticação), a doçura da recepcionista Regina Torres e o trabalho prestativo e rápido dos garçons.

        Frequentamos o Maria Zabé desde que foi inaugurada e nunca deixamos de concluir, após cada refeição, que empreender não é pra quem quer... É pra quem pode!



Enquanto almoça, feliz por estar em companhia da vovó Antônia, cadeirante, a família Cenciareli, recebe a visita do dono do restaurante, Carlos Bombonatti,  curioso pra saber se todos gostaram da comida e do atendimento


Carlos Bombonatti - já nasceu empreeendedor!


Carlos Bombonatti recebe seus clientes atrás do balcão

A recepcionista Regina Torres entre os dois  garçons, Antonio Xavier (o da frente) e Raimundo Ferreira, atrás....

3 comentários:

  1. Prezado Dirceu Pio,
    não conheço sua biografia, mas a partir de informações não verdadeiras e de expressões como "caminhoneiro endinheirado,... e tosco" obviamente coloquei sua credibilidade em cheque. Não sou jornalista e meu domínio com as palavras são realmente inferiores aos de alguém com a sua formação. Mas de uma coisa eu entendo.. De cuidado ao lidar com o ser humano. Sou fisioterapeuta e professora Universitária e entendo demais dessa hecatombe que lhe acometeu. Ensino diariamente aos meus alunos o cuidado diário que devemos prestar ao cidadão, independente de sua história ou condição. Aprendi isso no berço, com o "caminhoneiro tosco" que o senhor se refere. Que pena essa inversão de papéis e valores. O restaurante de sucesso foi vendido quebrado e sem qualquer crédito na praça. Reerguê-lo foi árduo mas factível. E as custas de muito trabalho e dedicação. Peço a retirada dessa postagem infeliz que fora aqui publicada. E os sinceros pedidos de desculpa àquele que o senhor não conhece e ousa falar sobre. Tenhamos dignidade ao cuidar da vida alheia, mesmo que na forma de palavras.

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  2. É necessário conhecer a história toda... péssima pessoa e profissional... vendeu o restaurante pq deve.. está quebrado, assim como o restaurante atual.. deixou todos os funcionários de anos na mão e quem segurou a barra foi o * caminhoneiro tosco *..

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  3. Olha, "anônimos", sou jornalista e como tal deixo-me guiar pela realidade objetiva...frequentei e frequento as três casas a que me referi e elas são exatamente como as descrevi...conheci o tal "caminhoneiro tosco" e, ao descrevê-lo assim, fui fiel à impressão que ele me causou...por favor, escrevi o que escrevi de peito aberto, com minha identidade escancarada...detesto comentários de anônimos, para mim um sinal de covardia....ah, não pretendi ofender o caminhoneiro, pois tenho grande respeito pelos caminhoneiros, mas era perceptível neste que ele não teria "drive" para sustentar o tipo de negócio...

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