Como? A primeira providência será promover uma renovação robusta da Câmara Federal, afastando os deputados corruptos, comprometidos com a Lava Jato (são muitos!) e os deputados ficha suja.
O voto, em 2018, portanto, tem de ser um voto refletido, apoiado em pesquisas de cada nome, de cada partido.
Não bastarão comprometimento com a causa ambiental e confissão religiosa.
O comprometimento maior terá de ser com a ÉTICA e eu explico porque: uma das primeiras matérias a serem apreciadas pela nova Câmara será a do Novo Código de Mineração. A Sociedade Brasileira precisará ter, nesse código, total garantia de que os recursos naturais do Brasil serão explorados com rigorosa SUSTENTABILIDADE.
Temos de ficar atentos para impedir que a matéria seja votada às pressas, como desejou Eduardo Cunha, e antes da próxima eleição majoritária.
As empresas mineradoras deste país, todas elas, sem exceção, jogaram a ÉTICA e a SUSTENTABILIDADE no lixo. Elas pensam exclusivamente no lucro e extraem os minérios – ouro, ferro, potássio, nióbio, etc. etc.-- sem se importar com as pessoas e as comunidades que rodeiam minas e áreas de mineração.
A ilegalidade e a falta de escrúpulo são a ordem na mineração brasileira.
Cuidar do enquadramento ético e sustentável na mineração do Brasil é algo emergente e merecedor de todas as atenções da SOCIEDADE BRASILEIRA e de todas as organizações não governamentais dedicadas ao conservadorismo.
O melhor exemplo do jeito espúrio com que a mineração é realizada neste país está condensado no episódio de Mariana, onde há quase oito meses ocorreu o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Uma barragem de rejeitos de mineração de ferro da Samarco (empresa que tem como sócias a australiana BHP Billiton e a brasileira Vale do Rio Doce) estourou e derramou na bacia do Rio Doce 34 milhões de metros cúbicos de lama contaminada por vários tipos de metais pesados.
Dezenove pessoas morreram, vilarejos inteiros foram soterrados e a lama escorreu pesada até o mar, deixando vários municípios de Minas e Espírito Santo sem água potável por várias semanas.
A lama inutilizou grande parte do Rio Doce e causou prejuízos irreparáveis à biodiversidade do Rio e de suas margens.
AMOSTRA DA CORRUPÇÃO
Montada numa montanha de dinheiro e numa montanha de ferro das Minas Gerais, a Samarco está até agora impune, como se não tivesse responsabilidade alguma na tragédia que ela mesma provocou por pura negligência; a empresa nada de braçada na política brasileira distribuindo migalhas aos membros dos partidos mais poderosos da República - PT, PSDB E PMDB, entre outros menores, como PTB, PDT, PTC,PSB, DEM, PMN e – pasmem!!! – o PV- Partido Verde.
Vejam que interessante a matéria divulgada pelo repórter Felipe Amorim, do Site Noticioso UOL: “Deputados que vão apurar tragédia em Mariana receberam R$ 2,6 milhões da Vale”.
Explico: três comissões parlamentares foram criadas para acompanhar o rompimento das barragens de mineração na região de Mariana. Na Câmara dos Deputados, 13 dos 19 membros da comissão externa instalada para acompanhar e monitorar os desdobramentos do desastre ambiental foram beneficiados por doações de empresas ligadas à Vale, em valores que vão de R$ 465 a R$ 500 mil.
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, cinco dos nove membros titulares da comissão extraordinária criada na primeira quinzena de novembro foram beneficiados com doações do grupo Vale, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As contribuições de campanha aos integrantes da comissão somam R$ 368 mil.
Já na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, outro estado cortado pelo Rio Doce- ainda segundo informações de Felipe Amorim - as empresas do grupo Vale doaram R$ 428 mil a sete dos 15 membros da comissão representativa criada para acompanhar os impactos ambientais da tragédia.
Na comissão criada na Câmara, tiveram gastos de campanha bancados por empresas ligadas à Vale os deputados Laudívio Carvalho (PMDB-MG), Gabriel Guimarães (PT-MG), Leonardo Monteiro (PT-MG), Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), Rodrigo de Castro (PSDB-MG), Paulo Foletto (PSB-ES), Eros Biondini (PTB-MG), Mário Heringer (PDT-MG), Subtenente Gonzaga (PDT-MG), Fábio Ramalho (PV-MG), Brunny (PTC-MG), Givaldo Vieira (PT-ES) e Lelo Coimbra (PMDB-ES).
Na assembleia mineira, Agostinho Patrus Filho (PV), Thiago Cota (PPS), Gustavo Corrêa (DEM), Gustavo Valadares (PSDB) e Gil Pereira (PP).
Na Assembléia Legislativa do Espírito Santo, foram beneficiados Guerino Zanon (PMDB), Janete de Sá (PMN), Rodrigo Coelho (PT), José Carlos Nunes (PT), Gildevan Fernandes (PV), Bruno Lamas (PSB) e Luzia Toledo (PMDB).
É a corrupção que explica, portanto, a impunidade da Samarco.
GRANDES AMEAÇAS
O desastre de Mariana chama a atenção do Brasil para a inoperância dos organismos ambientais federais, como o IBAMA, que nem fiscaliza e não pune e se pune não recebe pelas multas que aplica (Segundo a Folha de São Paulo , de 22 de novembro, o IBAMA SÓ RECEBE 8,7 % DAS MULTAS QUE APLICA).
Nos mostra ainda, a TRAGÉDIA DE MARIANA, a inépcia do governo federal em meio ambiente e o quanto é falso todo o discurso, inclusive internacional, dos que saem na defesa de um ambientalismo de fachada, que não vai – e nunca foi – ao cerne da questão.
De que adianta o combate ao aquecimento global se o país permite a existência (sem nenhum controle) de 630 MINERADORAS QUE TRATAM O MEIO AMBIENTE À LA SAMARCO?
Isto para não falarmos de outros desmandos tão ou ainda mais graves que os registrados em Mariana!
A grande reforma do ambientalismo brasileiro deve começar por um novo marco regulatório da mineração a ser aprovado por um Parlamento muito mais limpo e após ampla discussão com toda a Sociedade Brasileira.
Pra começar, temos de primeiro expulsar a SAMARCO da mineração brasileira. Ponha sua assinatura no abaixo-assinado pelo link abaixo:
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