04/08/2016

Letícia Sabatella, Marieta Severo, Zé de Abreu e outros babados!

        Meu ídolo dos tempos presentes é Diogo Mainardi. Meu ídolo dos tempos passados foi Oriana Fallaci. Ambos são jornalistas, talentosos, corajosos.  Uma pessoa na minha idade, aos 67 anos, merece ídolos de primeiríssima qualidade.
        Especializada na grande reportagem, Oriana era uma destruidora dos mitos que as populações de todas as épocas criam por ignorância, desinformação e conveniência de quem os propaga.
        Lembro-me de uma reportagem de Oriana em que ela destruiu o grande mito da época, o guru oriental. Eram famosos, os gurus; atribuíam-se, entre tantos outros poderes, o da materialização, uma estranha capacidade de transformar lixo em ouro, pedras vagabundas em pedras preciosas.
        Oriana viajou para o Oriente na caça aos gurus mais famosos. Colocou-os contra a parede, exigia materializações ao vivo e em cores. Os gurus fugiram dela como o diabo foge da cruz. Só houve um, o último a ser entrevistado, que aceitou fazer uma demonstração de seu poder: transformou um anel precioso que lhe ofereceu a repórter numa manga. “Ainda se fosse uma manga bonita e saborosa, mas não, era uma manguinha feia e mirrada”, ironizou a jornalista.
        Seus escritos tinham sabor, cor, molho, temperatura. Oriana faleceu em 15 de setembro de 2006.
               
DIOGO MAINARDI
        Já Diogo Mainardi é também um grande destruidor de mitos no Brasil. Com ele, o PT, Lula, Zé Dirceu e todos os seus derivados nunca se criaram. Diogo foi implacável com todos eles, desde a época (1999 a 2004) em que assinava uma coluna semanal na revista Veja.
        É o cara mais detestado da “esquerda” brasileira.  E isto para ele deve ser uma  honraria: jornalista serve para ser detestado e não para ser amado. Desconfiem de todo jornalista muito amado!
        Diogo mora hoje em Veneza. Mais recentemente fundou, ao lado de vários jornalistas de talento, um Site (O Antagonista), usado para disparar seus torpedos, baseados sempre em informações precisas. Quem quiser acompanhar par e passo a crise brasileira tem de ler O Antagonista.
        Ele informa, analisa, antecipa informação.
        Além do Site, Diogo faz uma aparição semanal (domingo às 23 horas), como comentarista, no Manhattan Conecxion, da Globonews (por assinatura).
        No último programa, o âncora (Lucas Mendes) perguntou:
        - Diogo, com a prisão do Lula e o impeachment da Dilma, você vai fechar O Antagonista?
        - De jeito nenhum, vamos então antagonizar o Temer, os tucanos, ainda temos muito trabalho pela frente.
        Se vivo fosse, Millor Fernandes teria dito: é isso mesmo, jornalismo que se presta, antagoniza; o resto é tudo armazém de secos e molhados.

CENÁRIO FOI ANTECIPADO
        Em sua coluna na Veja (a contar de 2002), Diogo realizava um trabalho minucioso de denúncia do aparelhamento do Estado urdido pelo PT. Comprou brigas homéricas com inúmeros “jornalistas” que já posavam de porta-vozes de Lula e do Partido dos Trabalhadores.
        Mino Carta, idealizador e editor da revista Carta Capital, virou seu inimigo declarado. Como não tinha como atacar Diogo, um jornalista íntegro, partiu para a agressão rasteira: “Não se aborreçam com Diogo Mainardi, afinal o máximo que o cidadão produz com perfeição é paralisia cerebral”, escreveu Mino em sua Carta Capital numa referência infame ao filho de Diogo com paralisia cerebral.
        Se relermos aquelas colunas de Diogo em Veja, veremos que ele antecipava em décadas o cenário que hoje vivenciamos: corrupção, dinheiro graúdo despejado em blogs, jornais e revistas, tudo para manter vivo o mito PT e derivados. Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim, Mino Carta e muitos peixes menores já eram mencionados como comandantes de um esquema multimídia de apoio ao PT.

ZÉ DE ABREU
        Não me lembro de Diogo ter mencionado em seus escritos o nome desse ator menor da Rede Globo, Zé de Abreu. Sua aparição como fomentador do mito PT é mais recente.
        Zé de Abreu conseguiu encarnar, em pouco tempo, a “Ética” do PT; visto de camisa vermelha nas ruas de São Paulo, foi molestado por anônimos num restaurante da cidade. Como reagiu? Revidou à cusparadas e teve a coragem de confessar o gesto ao vivo e em cores durante o programa de Fausto Silva, líder de audiência ao fim das tardes de domingo, na Globo.
        Cusparada ainda foi pouco perto do que ele fez à família enlutada do jornalista Sandro Vaia. Enquanto o corpo do pai era velado no necrotério de Jundiaí, Zé de Abreu enviava torpedos abomináveis á filha de Sandro, Giuliana Vaia; digo abomináveis porque baseados numa fraude: há tempos circula na Internet um BO apócrifo que atribui a Sandro a delação aos órgãos de segurança de um sindicalista de Jundiaí, Antônio Galdino.
        Galdino já desmentiu a história, um dos blogs que primeiro lançaram a infâmia já publicou o desmentido, mas Sandro, indisposto com o PT desde que publicou um livro com o perfil da blogueira cubana Yoani Sánchez, foi molestado até depois de morto.

LETÍCIA SABATELLA
        As pessoas que saíram na defesa exaltada da atriz Letícia Sabatella, insultada há poucos dias numa praça de Curitiba onde se realizava  manifestação de apoio ao Impeachment de Dilma Rousseff, têm memória curta.
        Já não devem se lembrar mais que insultar as pessoas na rua, em praças públicas, em estúdio ou na porta de emissoras de TV, é um privilégio dos militantes do PT.
        Que o diga a Blogueira cubana,Yoani Sanchez, em visita ao Brasil ainda em 2013. Perseguiram a moça em todos os lugares que visitou – Salvador, Brasília, São Paulo. Presentes na gravação de um programa de TV que a entrevistava, quase não a deixaram falar.
        O PT, na verdade, colhe uma mínima parte do veneno que sempre disseminou. Não acho que seja correto atacar alguém, ainda que verbalmente, por seus posicionamentos políticos, mas o momento tem de ser de forte inflexão.

NÃO É PENSAR DIFERENTE
        Todos aqueles que defendem Dilma têm um discurso preparado para contra-atacar logo após incidentes semelhantes ao de Curitiba. Repetem sempre a mesma cantilena: “Uma pessoa não pode pensar diferente que é atacada, em restaurantes, nas ruas, em praças públicas. Isso é fascismo e autoritarismo”- dizem.
        Temos de dar um passo à frente nessa discussão, em primeiro lugar porque não é pensar diferente; é “agir diferente”; é “fazer diferente”.
        Em 1974, eu chefiava a Sucursal do ABC do Estadão quando um dos diretores da empresa matou a esposa a tiros na subida da serra, voltando do Guarujá. Três dias depois do crime – premeditado, hediondo – ele reassumiu seu posto de trabalho. Vários colegas voltaram a trabalhar com ele como se nada tivesse ocorrido.       
        Eu mesmo nunca mais tive uma só conversa com ele e nem mais o cumprimentei; o espírito ético que sempre norteou a minha vida me fez  sentir repulsa pela triste figura.
        Aliás, são muito engraçados os militantes do PT: saqueiam, roubam, esfolam, assassinam (até agora não tivemos uma explicação razoável para o assassinato dos prefeitos Toninho do PT, Celso Daniel e mais sete pessoas supostamente envolvidas no caso) e ainda querem ser tratados democraticamente como cidadãos de bem?
        Como vamos também respeitar a atriz Marieta Severo que ergue bandeiras para apoiar o PT quando na verdade  queria mesmo defender os escusos interesses familiares? (Seu marido, Aderbal Freire Junior, só agora foi desalojado de um cargo público pelo qual recebia a bagatela de R$ 92 mil mensais).
        Que o incidente de Curitiba sirva de alerta à jovem Letícia que foi se aliar a saqueadores e bandidos,pois isso poderá ter um preço ainda maior. Isso não é postura política e nem pensamento político. É conivência e, portanto, crime também.

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* Precisamos expulsar a Samarco da mineração brasileira. Assine o abaixo-assinado  pelo link:


Oriana Falaci e Diogo Mainardi











6 comentários:

  1. Aliás, são muito engraçados os militantes do PT: saqueiam, roubam, esfolam, assassinam (até agora não tivemos uma explicação razoável para o assassinato dos prefeitos Toninho do PT, Celso Daniel e mais sete pessoas supostamente envolvidas no caso) e ainda

    1 - Quem tem que provar é quem acusa! Ou isso mudou no Brasil também? Quer acusar o PT pelo assassinato do Toninho ou Celso Daniel, PROVE! Do contrário, o criminoso é você!

    2 - Sou militante do PT e não saqueio, roubo, esfolo e tão pouco assassino. Mais uma vez você generaliza e criminaliza a totalidade dos militantes de um partido político. Prática muito semelhante aos generais da ditadura! Mais uma vez acusa sem provas!

    Conclusão: Este texto não tem nada de jornalístico. Passa longe. É um panfleto contra o PT, e só! E, pela ausência de comentários, tem uma molecada fazendo panfletos anti-pt com muito mais sucesso que o senhor!

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  2. Diria que você é muito corajoso no anonimato !

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  3. A militância política tem o mesmo tempero do fanatismo esportivo e do fanatismo religioso. O gosto intragável e a dissonância cognitiva que aromatiza aonde esses instintos falam tem os ditames da nossa neurofisiologia em seu estado mais primitivo e estúpido. A culpada é sempre a ignorância.

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    1. Muito bom, Proud ! Faço minhas as suas palavras. Obrigado !

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  4. Excelente texto!Racional,inteligente e bem colocado!Independente de pertencer a partidos ou não,é essencial mantermos a ética,olhar para o país em que vivemos e expormos sempre,opiniões livres.Os crimes,são mais que provados.Não podemos sentir orgulho nem sair em defesa de erros graves.Tenho mais de 60 anos,para mim hoje,importam mais a liberdade e a verdade,para assegurar isso,estou alerta e luto,todos os dias!

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