01/06/2016

Um erro chamado Dilma Rousseff!

        Surgiu nesta última semana de maio de 2016 a primeira informação de que o ex-presidente Luiz Inácio LULA da Silva admite ter cometido um “grande erro” - seu maior erro dos últimos tempos – ao indicar e ajudar na eleição de Dilma Rousseff para sucedê-lo em 2010. É o que ele teria dito a outro ex-presidente, José Sarney.
        Verdade ou não, esse possível “mea culpa” de Lula chega com mais de seis anos de atraso. Lula deveria ser também responsabilizado pelos males que sua pupila causou ao Brasil.
        O fato é que os empresários do setor elétrico já conheciam esse erro bem antes de ser cometido, conheciam desde 2002, quando Dilma foi nomeada por Lula sua ministra das Minas e Energia.
        Eu era nessa época Diretor Regional da Gazeta Mercantil (desaparecido em 2009), atuava no interior de São Paulo e tinha por missão conhecer e me relacionar com empresários. Visitei duas elétricas da região de Campinas (CPFL e Electro) e tive várias reuniões com executivos que viajavam constantemente a Brasília para interagir com a Ministra.
        O ambiente que encontrei nessas empresas era de medo, medo de que se cumprissem as ameaças que Dilma disparava em reuniões com empresários. Tive longas conversas com esses executivos e eles me impunham como condição para falar  das reuniões que tinham com a Ministra que eu não publicasse nenhuma só linha do que ouvisse.
        Eles e eu começamos a perceber qual o estilo de Dilma Rousseff: impor  suas ordens na base do medo e das ameaças. Seu estilo de liderança, baseado no autoritarismo, já estava na contramão do ambiente que nascia e progredia no setor empresarial brasileiro e mundial.
        Eu, por exemplo, já havia aprendido na Agência Estado, onde fora também diretor de Marketing, que o melhor método de liderança é aquele baseado no diálogo, no convencimento, no “estilo democrático de trabalho”, defendido por inúmeros consultores empresariais que me forneceram a base para o exercício da liderança. Há muitos anos que o autoritarismo não tem mais vez nas empresas modernas, do Brasil e do Mundo. Administrar uma empresa equivale a gerir um governo.
        Sorvi com avidez a literatura de Flávio de Toledo, Oscar Motomura, no Brasil, e Peter Drucker, Herbert Marshall McLuhan, 
Karl Wiig e vários outros estudiosos da gestão empresarial no mundo. 
        Dilma Rousseff deveria ter seguido o caminho do aprendizado, mas preferiu o caminho do autoritarismo e da arrogância. Produziu talvez o governo mais errático e tortuoso da história da República Brasileira.

        HERANÇA MALDITA


        Seu autoritarismo deixa como herança ao povo brasileiro um desgoverno imenso; levaremos muitos anos para conhecer  a profundidade e a dimensão dos erros que ela produziu em seis anos.
        A investigação nem sequer teve início e já sabemos que o déficit das contas públicas quase encosta em 200 bilhões de reais. Vários estados da Federação encontram-se à beira da insolvência; houve o encolhimento de 30 mil leitos para internação no SUS (Sistema Único de Saúde); o Estado perdeu visivelmente o controle de epidemias. Dengue, Xicungunha, Zica vírus se espalham de norte a sul do País, ameaçando os atletas que virão para as Olimpíadas. Foi estabelecido o caos em muitos hospitais públicos e as universidades brasileiras despencam no ranking de qualidade mundial.
        Faltavam recursos para saúde e educação, mas seu governo continuava a irrigar com dinheiro do contribuinte brasileiro obras em países “bolivarianos”, como Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e até mesmo El Salvador.
        Se ela deixa ao País essa herança maldita, já se percebe, claramente, que Dilma Rousseff herdou o autoritarismo e a arrogância das organizações de esquerda das quais participou na juventude. Var Palmares, a última delas, ficou conhecida como a mais violenta de todas.
        A Var Palmares pregava a luta armada como único meio capaz de derrubar a ditadura militar. Ela enviou vários de seus membros a  Cuba para treinamento em guerrilha. E isso com certeza explica a idolatria que boa parte dos militantes pró-Dilma têm pela ditadura cubana. “Não queríamos a Democracia; lutávamos para derrubar a ditadura militar e colocar uma outra ditadura em seu lugar, a ditadura comunista ou a ditadura do proletariado”, disse em recente entrevista o jornalista Fernando Gabeira, também guerrilheiro nas décadas de 60 e 70.
        “Não matarás” não é apenas um mandamento cristão. É  um fundamento de auto preservação do mundo civilizado.


         Quem já militou numa organização paramilitar teve de jogar fora seus valores morais para adotar a coragem como princípio básico da vida; uns fazem o caminho de volta, outros não conseguem fazê-lo, como parece ser o caso de Dilma Rousseff. Ela ficou parada na coragem e na audácia, que são os parentes mais próximos do autoritarismo e da arrogância.
        O autoritarismo explica a inapetência de Dilma para o diálogo. As relações de seu governo com o Congresso regrediram para um estado deplorável. Não foi à toa que Câmara e Senado mostram disposição para fuzilá-la com o Impeatchment. “Seu governo tinha inúmeras ministras mulheres, mas ela mesma nunca chamou uma mulher parlamentar para uma conversa”, declarou, recentemente, a deputada Mara Gabrilli (PSDB).
        O autoritarismo é seu trauma de guerra assim como a cleptomania é o trauma de Zé Dirceu e todos os demais, ex-guerrilheiros, que fazem do roubo a sua razão de viver.
        Dilma Rousseff foi um ser dominado pelo mau-humor no isolamento do Palácio do Planalto. Seu destempero era a matéria-prima dos bastidores que vazavam de seu gabinete. E foi a matéria-prima das suas imitações  que infestaram os humorísticos da televisão e da internet.
        Para os humoristas, o Brasil foi governado nos últimos tempos por uma mulher caricata, áspera com todos os seus interlocutores, uma mulher que parecia ter ódio da própria vida.
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Precisamos expulsar a Samarco da mineração brasileira. Assine o abaixo-assinado  pelo link:



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