16/03/2015

Anéis ou a cabeça?

        Parece que estou vendo, o Lula com sua voz rouca chegando à Dilma para dizer:
        - Companheira, fodeu ! Vamos entregar os anéis para não entregarmos nossas lindas cabecinhas ! 
        Se Dilma sofrer impeachment, o que ainda é improvável, o processo político entrará em eclipse total, num processo desta vez muito lento que vai depender da boa vontade de um Congresso multifacetado, onde vários pequenos partidos, muitos fisiológicos, detêm o poder.
        Estas ultimas eleições tornaram tudo muito difícil e complexo. A única saída é o povo voltar a exigir “mudança já” e, apesar da distância, cercar o Palácio do Planalto, como ocorreu na Argentina , abreviando o processo e ameaçando invadi-lo, o que não é algo totalmente improvável depois dessa mobilização-monstro observada neste domingo, dia 15 de março de 2015.
        Na prática, já ocorreram coisas sintomáticas neste início de segundo mandato de Dilma, que já passou para a história como a mais incompetente figura política a ocupar o maior cargo da República. Dilma cometeu erros atrás de erros. Refugou uma grande indicação de Lula para conduzir a economia – o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, certamente por ser um quadro do PSDB – e apostou todas as fichas no obscuro Guido Mântega, tão inábil que se fica no cargo por mais esse mandato teria destruído o Plano Cruzado.
        Manteve esse número assustador de ministérios, uma draga poderosa a jogar fora os recursos nacionais. Teve ao ser eleita para um segundo mandato sua grande chance de enxugar a máquina pública, mas ignorou o clamor dos empresários e manteve tudo o que herdou de seu padrinho político, Lula, esquecendo-se de que governaria num período de vacas bem mais magras.
        Nomeou como seu articulador político o homem que deveria ser proscrito da política brasileira, Aluísio Mercadante, depois de ser pego em flagrante na divulgação de um falso dossiê contra os tucanos paulistas; por último, saca do bolso do colete um ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que mais parece um trator esteira num momento em que a economia exigia a leveza de uma asa delta.
        Preparem-se todos, teremos pela frente muita turbulência.

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